Senador Veneziano Vital do Regô

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) voltou a acirrar o debate político em torno de 2026 ao declarar, nesta segunda-feira (1º), em entrevista à Rádio Panorâmica de Campina Grande, que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), teriam sido “induzidos a deixar” a base governista em razão da falta de espaço na chapa majoritária.

De acordo com Veneziano, a articulação conduzida pelo governador João Azevêdo (PSB) já teria definido antecipadamente a composição do grupo, sem abrir espaço para diálogo com aliados relevantes.
“Percebo que o Cícero, assim como o presidente da Assembleia, foram conduzidos a abandonar os seus atuais espaços, porque, para o projeto de 2026, o governador e aqueles que estão à frente desse processo não os desejam. Todas as falas caminham nesse sentido. A chapa já está montada, sem qualquer critério”, criticou.

A formação mencionada por Veneziano prevê o atual vice-governador Lucas Ribeiro (PP) assumindo o comando do Executivo e disputando a reeleição, enquanto João Azevêdo deve concorrer ao Senado. A segunda vaga seria destinada ao prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pai do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Já a vice-governadoria teria como principal cotado o secretário de Infraestrutura, Deusdete Queiroga.

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Segundo o senador, tanto Cícero quanto Adriano têm se queixado da ausência de diálogo no processo.
“Cícero afirma em todos os lugares que não foi chamado para sentar à mesa e discutir critérios. Adriano também relata o mesmo. Então, na prática, eles foram convidados a permanecer em silêncio, conformados com a falta de espaço, ou então a buscar outro caminho, inclusive deixando os partidos em que estão”, avaliou.

Veneziano ainda sinalizou abertura para conversas caso os dois rompam com as atuais legendas.
“Se isso se confirmar, aí sim me sentirei autorizado a convidar Cícero e Adriano para dialogar. Mas não posso antecipar movimentos antes que essas decisões estejam de fato tomadas”, pontuou.

O parlamentar também ressaltou a trajetória de Cícero no MDB, lembrando que o prefeito iniciou sua carreira política na sigla e que tem demonstrado certo “saudosismo” em relação ao partido.

Apesar dessa possibilidade, Veneziano reforçou que a oposição não depende da adesão de lideranças governistas para montar uma chapa forte em 2026.
“Temos alternativas, como Pedro Cunha Lima, que quase venceu o governo, a própria candidatura de Efraim Filho e até outros nomes que podem surgir até o fim do ano. Não estamos condicionados à saída deste ou daquele líder para termos um candidato”, concluiu.

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