O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB) afirmou nesta sexta-feira (24) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro, em conversa recente, que seus nomes de confiança para o Senado Federal na Paraíba em 2026 são João Azevêdo (PSB) e ele próprio.
As declarações foram feitas durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, e revelam detalhes sobre os bastidores da disputa pela composição das chapas majoritárias no estado. Segundo Veneziano, Lula não manifestou qualquer apoio à pré-candidatura do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pai do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), que vinha sendo articulada por aliados de João Azevêdo.
“O presidente foi muito claro. Disse que tem prioridade na Paraíba, que é o meu nome. E, se João Azevêdo for candidato, ele também haverá de apoiar. Foi o que ouvi diretamente dele”, declarou Veneziano.
O senador reforçou que o diálogo com Lula ocorreu há cerca de 20 dias, e destacou que a fala do presidente evidencia uma definição de rumo dentro do grupo aliado ao Palácio do Planalto.
O anúncio ocorre em meio à reorganização política na Paraíba, após a pré-candidatura de Cícero Lucena ao Governo do Estado em 2026. Cícero, que deixou o Progressistas (PP), oficializou sua filiação ao MDB, partido de Veneziano, em evento marcado para 7 de novembro, com a presença do presidente nacional da legenda, Baleia Rossi. O movimento posiciona Cícero como oposição direta ao grupo governista de João Azevêdo e Lucas Ribeiro.
Com a provável renúncia de João Azevêdo em abril de 2026 para disputar o Senado, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) assumirá o Governo e deverá ser o candidato à reeleição da base governista. Enquanto isso, o grupo de Veneziano articula uma chapa alternativa, com Cícero Lucena ao Governo e Veneziano ao Senado.
As declarações do senador evidenciam o distanciamento político entre o MDB e o atual governo, além de mostrar que Lula tende a concentrar apoio em nomes com trajetória consolidada no PT e em partidos aliados à base nacional. A possível exclusão de Nabor Wanderley das preferências do presidente pode enfraquecer o alinhamento interno do Republicanos e abrir espaço para novas disputas na base de João Azevêdo.
Com o MDB se reorganizando e Cícero liderando as primeiras pesquisas para o Governo, a Paraíba se encaminha para uma disputa polarizada entre duas chapas fortes: uma representando a continuidade do projeto de Azevêdo e Lucas Ribeiro, e outra encabeçada por Cícero e Veneziano, com apoio crescente em Brasília.
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