
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, defendeu nesta quarta-feira (3) a relevância da Reforma Administrativa como instrumento para modernizar o Estado e aproximar a máquina pública das demandas da sociedade. A declaração foi feita durante a Comissão Geral realizada para discutir a proposta, que vem mobilizando parlamentares, especialistas e representantes da sociedade civil.
Segundo Hugo, a reforma é uma das prioridades legislativas de 2025 e precisa ser debatida com transparência e diálogo.
“É chegada a hora de nos dedicarmos à estruturação de um Estado que entregue eficiência e justiça aos cidadãos, com serviços de qualidade e na velocidade exigida pelos brasileiros”, afirmou.
Ele ressaltou que a vida prática da população cobra mais do que a administração pública consegue oferecer atualmente e que o Congresso tem a obrigação de enfrentar essa realidade.
“Do contrário, continuaremos repassando aos cidadãos a pesada conta das falhas do Estado”, alertou.
O grupo de trabalho responsável pela proposta atua desde maio e, de acordo com o presidente da Câmara, já apresenta resultados consistentes construídos de forma democrática, com ampla escuta da sociedade.
“As proposições legislativas resultam de um processo participativo em que a população teve voz e pôde contribuir ativamente”, destacou.
Para reforçar a sintonia com a opinião pública, Motta citou pesquisa do Datafolha, segundo a qual 72% dos brasileiros acreditam que a profissionalização do serviço público é essencial para combater a corrupção e melhorar os serviços, enquanto 83% rejeitam privilégios, como os chamados supersalários.
Hugo também frisou que a reforma não prevê a retirada de direitos adquiridos, mas sim a adoção de critérios de mérito, eficiência e transparência.
“O objetivo é alinhar a máquina estatal aos desafios contemporâneos, garantindo impessoalidade, meritocracia e clareza na gestão”, disse.
Reforma como pacto republicano
Reconhecendo que o tema não terá unanimidade, o presidente defendeu a busca de consensos em torno do interesse público.
“O Brasil já mostrou em outras ocasiões que reformas estruturais podem ser aprovadas quando há diálogo, responsabilidade e senso de urgência. A Reforma Administrativa deve seguir esse caminho”, avaliou.
Para ele, a discussão representa um verdadeiro pacto republicano com o futuro do país, indo além da reorganização de carreiras e normas de gestão.
“O que está em jogo é a capacidade do Estado de entregar saúde, educação, segurança e infraestrutura de qualidade à população”, completou.
Ao encerrar sua fala, Hugo Motta classificou a Reforma Administrativa como “um passo essencial para reconciliar o Brasil com a realidade de sua administração pública”.
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