Bispo da Diocese de Patos não renova licença e padre Fabrício Timóteo encerra atividades no Santuário Terra da Misericórdia, em Pesqueira-PE
Padre Fabrício se despediu da comunidade católida da Terra da Misericórdia, em Pesqueira-PE - Foto: Reprodução

O padre Fabrício Dias Timóteo encerrou neste domingo (28) sua missão no Santuário Terra da Misericórdia, em Arcoverde, em Pernambuco. A informação foi anunciada durante a Santa Missa pelo padre Adilson Simões, fundador e benfeitor do santuário.

O sacerdote atuou no local por seis meses, em missão temporária, após ser cedido pela Diocese de Patos, no Sertão paraibano à Diocese de Pesqueira-PE. A licença teve início em março e encerrou-se em 23 de setembro, sem renovação.

Durante a celebração, padre Adilson agradeceu pelo período em que Fabrício esteve no santuário. “Pude ajudá-lo e também fui muito ajudado. O santuário é grato a Deus pelo serviço que ele prestou aqui e continuará rezando por sua missão”, disse.

Padre Fabrício também se despediu dos fiéis, agradecendo pela acolhida recebida em Pernambuco e pelo apoio durante os meses em que esteve em missão.

Com o fim da licença, o sacerdote retorna à Diocese de Patos, no Sertão da Paraíba, onde aguardará novas determinações do Bispo Dom Eraldo em relação às suas atividades pastorais. Ainda não há definição sobre quais funções ele passará a desempenhar em sua diocese de origem.

ENTENDA

Nos bastidores, as especulações dão conta de que a decisão teria sido motivada pelo desconforto público de Dom Eraldo com a forma como o padre Fabrício conduz a “Missa da Cura e Libertação”. Após deixar a Paraíba para a missão na Diocese de Pesqueira, em março deste ano, o sacerdote retomou a celebração das missas de cura, prática que costuma atrair multidões e ganhou repercussão entre romeiros de várias regiões do Nordeste.

Em outubro de 2024, Dom Eraldo transferiu o padre Fabrício Dias Timóteo da função de pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Taperoá, para a função de vigário paroquial em Santana dos Garrotes, no Vale do Piancó. A mudança foi interpretada por fiéis como uma espécie de rebaixamento e gerou indignação na comunidade católica sertaneja. Para muitos, a decisão representou mais do que uma simples transferência, levantando suspeitas de uma possível retaliação interna.

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