O governador João Azevêdo lançou, nesta quinta-feira (27), um novo pacote de bolsas para estudantes de baixa renda da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e recebeu oficialmente os 420 jovens já selecionados pelo Programa Casa do Estudante – Bolsa Permanência. A iniciativa atende alunos de instituições públicas de ensino superior da Paraíba, além de bolsistas integrais do Prouni e beneficiários do FIES 100% em faculdades privadas.
As ações são coordenadas pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e somam quase R$ 7 milhões em investimentos, sendo cerca de R$ 3,5 milhões destinados exclusivamente à UEPB.
No caso da Bolsa Permanência, foram escolhidos 420 estudantes, sendo 210 da UEPB e 210 de outras universidades públicas do estado. Cada contemplado receberá R$ 1.500 por mês, valor voltado a custear despesas acadêmicas e garantir a continuidade dos estudos.
Já o Programa de Ações Afirmativas, apresentado oficialmente pelo governador no evento, amplia as políticas de inclusão e diversidade na UEPB. A iniciativa disponibilizará 300 bolsas de R$ 700 mensais, destinadas a estudantes negros, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência e pessoas trans, que deverão desenvolver projetos de pesquisa e extensão dentro da universidade.
Durante a solenidade, realizada no Centro de Formação dos Professores, em Mangabeira, João Azevêdo destacou que os programas reforçam a convicção de que a educação é o caminho para mudar vidas e fortalecer o desenvolvimento do estado.
“Estamos apoiando 420 estudantes da UFPB e de outras instituições, além de mais 300 da UEPB, para que permaneçam no ensino superior, avancem nos estudos e conquistem seus diplomas, construindo um futuro melhor”, afirmou.
O governador também resgatou a trajetória histórica da Casa do Estudante, criada em 1937, que ao longo de décadas acolheu alunos de todo o estado, incluindo figuras públicas como o ex-governador Wilson Braga.
“Encontramos nas bolsas a melhor alternativa para combater a evasão no ensino superior, ajudando estudantes a se manterem dedicados ao curso e preparados para o mercado de trabalho”, ressaltou.
Ele citou a história da estudante Jordânia como exemplo dos frutos dessas oportunidades: “Quando o trem da vida passa, é preciso aproveitar”.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Cláudio Furtado, afirmou que a permanência estudantil é elemento-chave para evitar que alunos abandonem a graduação — problema que chega a 49% no ensino superior público brasileiro.
Ele lembrou que a bolsa de R$ 1.500 é a maior do país e já tem impacto direto no crescimento de projetos de pesquisa e extensão.
“As bolsas de R$ 700 também representam um avanço importante, permitindo que o estudante, junto ao tutor, desenvolva seu projeto e amplie sua experiência acadêmica”, completou.
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