Antes de falecer em São Paulo, em decorrência de complicações cardíacas, o ex-governador Tarcísio Burity fez um pedido especial à esposa, a historiadora Glauce Burity: que ela registrasse em livro os bastidores do Atentado do Gulliver, episódio que ele definia, como jurista, como uma “tentativa de homicídio qualificado”. A revelação foi feita por Glauce durante entrevista ao programa Hora H, da TV Norte (RedeTV).
O tema será abordado em profundidade na obra “Tarcísio Burity: o intelectual na política paraibana”, que será lançada no próximo dia 4 de dezembro, às 19h, no Espaço Cultural — equipamento erguido na gestão de Burity. Glauce afirma que irá expor os nomes de políticos que, segundo ela, incentivaram o atentado, ignoraram o ex-governador ferido e ainda facilitaram a fuga de Ronaldo Cunha Lima, então chefe do Executivo estadual e autor dos disparos durante um almoço no Restaurante Gulliver, em João Pessoa, no início dos anos 1990.
Sequelas após o atentado
Passadas mais de duas décadas da morte de Burity, a viúva afirma não ter dúvidas de que o ex-governador sofreu consequências diretas do ataque.
“Foram sequelas do atentado. Tarcísio era um homem extremamente saudável. Depois daquele tiro, passou a enfrentar graves problemas físicos e emocionais”, relatou.
Tentativa de pedido de perdão
Durante a entrevista, Glauce também comentou uma tentativa frustrada de encontro entre Burity e o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, que buscava pedir perdão. A iniciativa, no entanto, não foi aceita pela família.
Segundo ela, o gesto não transmitia autenticidade:
“Eu não via sinceridade naquele pedido. Parecia muito mais um desejo de aparecer, uma foto no jornal, abraço, lágrimas… não era algo verdadeiro”, avaliou.
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