A Polícia Civil da Paraíba deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira (5), duas grandes operações integradas de combate ao crime organizado — Leviatã e Libertas — que miraram facções criminosas atuantes dentro e fora do sistema prisional, envolvidas com tráfico de drogas, homicídios, roubos e comércio ilegal de armas.
As ações ocorreram simultaneamente em oito cidades da Paraíba, além de municípios do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro, totalizando mais de 60 mandados judiciais entre prisões e buscas. De acordo com o superintendente da Polícia Civil, Paulo Ênio, as operações desarticularam núcleos inteiros de comando de facções.
“Conseguimos identificar, prender e futuramente indiciar chefes da organização criminosa, apreender armas, drogas e sequestrar bens e valores — entre eles uma SW4 avaliada em R$ 200 mil”, destacou o delegado.
Operação Leviatã: líderes presos comandavam crimes de dentro dos presídios
Resultado de meses de investigação da Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande (DRF-CG), com apoio da UNINTELPOL, DRE, DHPP, 2ª DD, DIOP e da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, a Operação Leviatã cumpriu 30 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão.
Entre os alvos, 12 já estavam presos, mas continuavam a comandar ações criminosas de dentro do sistema penitenciário, utilizando celulares clandestinos. Um dos principais investigados é considerado líder de facção e será indiciado por novos crimes.
Também foram identificados um conselheiro foragido responsável por coordenar as ações na zona leste de Campina Grande, e membros que atuavam no Curimataú e em comunidades da cidade.
No Rio Grande do Norte, dois fornecedores de armas foram alvos de mandados — um deles responsável por uma submetralhadora calibre 9mm produzida em impressora 3D, apreendida em Nova Floresta, em março deste ano.
Operação Libertas: homicídios e tráfico sob comando de ex-guarda municipal
Paralelamente, a Operação Libertas, liderada pelo Grupo Tático Especial (GTE) da 23ª Delegacia Seccional (DSPC), com apoio da DRACO, GOE, DDF e GTEs de Queimadas e Monteiro, cumpriu mandados contra integrantes de uma facção criminosa envolvida com tráfico, assaltos e execuções.
Os investigados são apontados como responsáveis por um homicídio registrado em 21 de abril de 2025 e pela morte de um dos próprios membros da facção, executado por “quebra de regras internas”.
Entre os alvos está um ex-guarda municipal condenado por roubo a banco em 2022, que voltou a ser contratado em 2025 pela prefeitura, sob o argumento de “excepcional interesse público”, recebendo salário superior a R$ 10 mil. Ele é suspeito de liderar a facção Nova Okaida nas cidades de Cubati e São Vicente do Seridó, além de ser apontado como mandante de diversos homicídios.
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