A Justiça da Paraíba concedeu liberdade provisória, sem monitoramento por tornozeleira eletrônica, a cinco policiais militares suspeitos de assassinar cinco jovens em fevereiro deste ano, no município do Conde, na Grande João Pessoa.
Presos desde 19 de agosto na carceragem do 1º Batalhão da Polícia Militar, os agentes já haviam obtido decisão semelhante anteriormente, mas recusaram-se a deixar a prisão por não aceitarem o uso das tornozeleiras, alegando constrangimento.
A nova decisão foi assinada pela juíza substituta da Vara Única de Conde, Hígyna Josita Simões de Almeida, e publicada na manhã desta quarta-feira (17). A magistrada entendeu que não há risco de fuga e que a medida de monitoramento deve ser aplicada apenas em casos de “efetiva necessidade”, além de considerar o custo para o estado.
Segundo o despacho, os policiais deverão cumprir medidas cautelares, como não manter contato com testemunhas e familiares das vítimas, não deixar João Pessoa sem autorização judicial e permanecer afastados do policiamento ostensivo, atuando apenas em funções administrativas.
Foram beneficiados com a decisão os seguintes policiais:
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Soldado Mikhaelson Shankley Ferreira Maciel
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Sargento Marcos Alberto de Sá Monteiro
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Sargento Wellyson Luiz de Paula
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Sargento Kobosque Imperiano Pontes
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Cabo Edvaldo Monteval Alves Marques
Um sexto investigado, o tenente Alex William de Lira Oliveira, teve a prisão preventiva mantida, já que está fora do país e, segundo a juíza, sua ausência prejudica a coleta de provas e a instrução do processo.
As investigações apontam indícios de homicídio por parte dos agentes. A defesa alega que os jovens mortos pretendiam atacar os policiais em represália a um feminicídio ocorrido horas antes no município.
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