
O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), reagiu com preocupação às declarações do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), que classificou como “incongruente” o movimento político do prefeito Cícero Lucena (PP) ao admitir diálogo com partidos fora da base e tratar sobre um possível acordo com o próprio Galdino.
Durante entrevista ao programa Hora H, da Rádio POP FM, nesta quarta-feira (30), Galdino avaliou que o tom usado por Aguinaldo foi excessivo e pode gerar impactos negativos dentro do grupo político liderado pelo governador João Azevêdo (PSB).
“Realmente foi uma fala muito forte e uma fala que terá consequências dentro da base do governo. Eu espero que o bom senso prevaleça, que o equilíbrio e a tranquilidade voltem, que a gente possa permanecer de maneira unida. Vamos estabelecer diálogo, e a partir do diálogo estabelecer critérios, e a partir desses critérios a gente escolher aquele que mais nos represente, que possa dar continuidade a esse excelente trabalho que está sendo feito hoje pelo governador João Azevêdo (PSB)”, afirmou.
Ainda segundo o presidente da ALPB, a entrevista de Aguinaldo não colabora com o esforço pela coesão do grupo governista.
“Eu confesso que fiquei um tanto quanto preocupado, porque é uma fala que não contribui para a unidade da base, é uma fala que realmente divide, é uma fala que exclui e não é uma fala inclusiva. Eu fiquei preocupado, porque vejo que esse tipo de fala realmente divide a base eleitoral, divide a base que dá sustentação política ao governador João”, completou.
Adriano também comentou, em entrevista à TV Diário do Sertão, sobre a repercussão entre aliados, e revelou que conversou pessoalmente com Cícero Lucena após a entrevista polêmica. Segundo ele, o prefeito deve manter serenidade antes de reagir publicamente.
“Eu conversei com Cícero ontem à noite mesmo, ele ligou para mim e eu disse: ‘Cícero, tenha tranquilidade, tenha cautela, reúna sua família, seus amigos. Processe esse período, não dê entrevista de forma açodada, nem de repente. Faça uma análise bacana do momento, realmente a entrevista foi muito dura’”, relatou Galdino.
Por fim, reforçou o apelo por equilíbrio e pediu que Cícero evite reações precipitadas, para não ampliar as fissuras internas na base aliada:
“Acho que, sinceramente, ela [a entrevista de Aguinaldo] não contribuiu para a unidade da base do Governo. Então pedi a Cícero cautela, que ele fizesse uma reflexão com seus amigos, seus assessores, sua família e se posicionasse. Se não hoje, mas de uma forma mais tranquila, mais equilibrada para que não haja mais fissuras na base do Governo”, concluiu.
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