Médico suspeito de estuprar crianças, Fernando Paredes Cunha Lima, presta depoimento à polícia nesta sexta-feira (9)
Médico suspeito de estuprar crianças, Fernando Paredes Cunha Lima, presta depoimento à polícia — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

O médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima prestou depoimento à Polícia Civil, na tarde desta sexta-feira (9), sobre as acusações de abuso sexual denunciada pela mãe de uma paciente contra ele. Acompanhado de seus advogados, ao deixar a Delegacia, o idoso de 81 anos evitou responder os questionamentos da imprensa presente.

A delegada Isabel Costa, responsável pelo caso, informou que Fernando Cunha Lima contou sua versão dos fatos e não se manteve em silêncio durante o depoimento. Ainda segunda ela, o inquérito será finalizado até o final da próxima semana, mas não deu detalhes sobre as investigações por ser um processo em segredo de justiça.

Seis denúncias contra o médico pediatra já foram formalizadas à Polícia Civil. Entre as denunciantes, a sobrinha Gabriela Cunha Lima, que revelou um abuso cometido pelo suspeito no ano de 1991, quando ela tinha apenas nove anos de idade.

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Entenda o caso

A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública na última terça-feira (6).

A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da filha menor. Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.

Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 1990, assim como suas duas irmãs. As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato se refere a um estupro que teria sido cometido em 1991.

O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou nessa quarta-feira (7) que abriu uma sindicância para apurar o caso. Já a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.