O deputado estadual Walber Virgolino (PL) afirmou estar recebendo ameaças de morte atribuídas a integrantes do Comando Vermelho, em Cabedelo, e fez um apelo público à Assembleia Legislativa da Paraíba e às autoridades de segurança para que garantam sua proteção.
Segundo o parlamentar, as ameaças vêm se intensificando nos últimos meses. Ele destacou que já havia comunicado a situação às autoridades locais antes mesmo das operações policiais realizadas na cidade.
“Esse tipo de situação acontece há muito tempo. Cabedelo é uma cidade dominada pelo crime”, declarou Walber, ao lamentar o avanço da criminalidade no município.
O deputado também relatou casos de intimidação contra aliados e apoiadores, incluindo o assassinato de um deles, ocorrido meses antes das eleições de 2024.
“Pessoas ligadas a mim foram ameaçadas — e um deles foi morto por ser meu apoiador”, disse. “Levei todas essas informações às autoridades e coloquei no papel.”
Walber criticou o que classificou como “proteção e investigação seletiva” por parte das forças de segurança, afirmando que nem todos os casos recebem o mesmo tratamento institucional.
“Na Paraíba, as autoridades escolhem quem merece ser protegido”, afirmou o deputado, demonstrando ceticismo quanto à efetividade das medidas adotadas pelo Estado.
Apesar disso, o parlamentar informou ter protocolado ofícios junto às autoridades competentes, incluindo a presidência da Assembleia Legislativa, solicitando medidas formais de segurança.
“Pedi ao presidente proteção… eu não tenho e nem quero regalias. Estou apenas formalizando os pedidos”, explicou, ressaltando que busca apenas garantir sua integridade e responsabilização caso algo aconteça.
Walber disse ainda conhecer bem seus inimigos e não subestimar as ameaças que, segundo ele, partem diretamente de integrantes do crime organizado em Cabedelo.
“Eu conheço meus inimigos, sei até onde eles podem ir… e não vou aceitar intimidação”, afirmou em tom firme.
Ao comentar o trabalho das forças policiais, o deputado criticou o que considera operações midiáticas e pouco eficazes, cobrando resultados concretos no combate ao crime organizado.
“As autoridades não sabem o que fazem. Promovem operações megalomaníacas, imediatistas… a Paraíba está entregue à criminalidade”, disparou.
Por fim, Walber fez um apelo à Assembleia e às instituições de segurança pública, pedindo ações efetivas para garantir sua proteção e avanço das investigações sobre o crime organizado em Cabedelo.
“Ninguém pode continuar se sentindo à mercê desses grupos criminosos”, concluiu.
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