Vereador sugere passe livre para pais e acompanhantes de pessoas com TEA em João Pessoa
Renato Martins (Avante) também sugeriu oferta do serviço de telemedicina no sistema de Saúde Municipal

Na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (28), o vereador Renato Martins (Avante) usou a tribuna para apresentar um projeto, de sua autoria, que institui o passe livre para os pais e acompanhantes de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos transportes coletivos da capital. O parlamentar também sugeriu a efetivação do teleatendimento na área da saúde municipal.

“Venho falar de uma proposta nossa que pede o passe livre nos transportes coletivos de nossa cidade para pais e responsáveis legais de pessoas com Transtorno do Espectro Autista ou qualquer neurodivergência, independente de estarem ou não acompanhando elas. Acredito que o passe livre seja uma tendência, pois, junto com ônibus confortáveis, com ar-condicionado e wi-fi, vai descongestionar nossa cidade”, refletiu o vereador.

O Projeto de Lei Ordinária (PLO) 2342/2024, caso seja aprovado, garantirá o direito ao Passe Livre nos transportes públicos municipais aos pais, tutores ou curadores legais de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em João Pessoa, independentemente da presença do beneficiário. A matéria ainda determina que o benefício seja concedido mediante apresentação dos seguintes documentos: laudo médico atualizado, comprovando o diagnóstico de TEA da pessoa sob responsabilidade do requerente; o documento oficial que comprove o vínculo do requerente como pai, tutor ou curador da pessoa com TEA; e o comprovante de residência no município de João Pessoa. O Passe Livre será pessoal e intransferível, devendo ser utilizado exclusivamente pelo beneficiário do direito. A emissão do Passe Livre será realizada pela AETC-JP ou órgão municipal equivalente.

“O futuro caminha para o transporte coletivo ser gratuito, como estratégia para descongestionar nossa cidade, para dar mais fluidez ao trânsito, para se ter mais pessoas andando nos ônibus, que devem ter ar-condicionado, wi-fi, ser moderno, atraente e nos fazer economizar, inclusive, com a construção de viadutos. Os empregadores dos pais de pessoas com TEA também teriam um estímulo, porque seriam desonerados ao não precisarem dar o vale transporte a esses pais, já que estaria regulamentado em lei que esses responsáveis têm gratuidade no transporte público”, alegou.

Outro assunto levantado pelo vereador foi a necessidade de efetivação da telemedicina na Gestão Municipal. De acordo com ele, a tendência da cidade inteligente, com amplo monitoramento, deve se estender para todos os serviços da área de saúde, seja nos atendimentos, seja na distribuição de medicamentos. “A telemedicina tende a vingar, porque vai tornar os serviços de saúde mais ágeis e rápidos. Tudo será digital e mais fluido, tudo tramitado de forma, inclusive, a garantir economia para os pacientes, que não precisarão se deslocar para os atendimentos, além de facilitar a acolhida das pessoas com depressão e fobia social”, argumentou Renato Martins.