Após a divulgação da notícia de que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi filiado ao PL sem seu conhecimento ou concordância e da ordem do ministro Alexandre de Moraes para que a Polícia Federal investigue o caso, o Tribunal Superior Eleitoral anunciou que mudará seu sistema de filiações. A meta do tribunal é diminuir o risco de fraudes semelhantes.
A partir de fevereiro o cadastro da Justiça Eleitoral passará a ser feito em duas etapas. O sistema passará a exigir que o filiado confirme através do e-Título a inserção dos seus dados nos quadros do partido.
Lula passou seis meses aparecendo como formalmente desligado do PT desde o dia 15 de julho de 2023, quando foi falsamente filiado ao PL segundo os dados do TSE. A alteração na ficha de Lula já foi desfeita e, com isso, o presidente voltou a constar como filiado ao PT – partido que ajudou a fundar e ao qual está filiado desde os anos 1980.
O TSE confirmou que a senha utilizada para acessar o sistema e inserir a filiação falsa de Lula é de uma advogada do PL. A apuração interna do TSE identificou claros indícios de falsidade ideológica no caso – e descartou ataques ao sistema eletrônico ou falhas na programação.