Terceira fase da Operação Festa no Terreiro investiga desvios de recursos públicos na Prefeitura de São Mamede
Na imagem, o Palácio Mizael Augusto de Oliveira Filho, sede administrativa da Prefeitura de São Mamede

A terceira fase da Operação Festa no Terreiro foi deflagrada nesta terça-feira (3) para combater suspeitas de desvios de recursos públicos destinados a obras no município de São Mamede, no Sertão da Paraíba. Um engenheiro foi alvo de mandado de busca e apreensão em Campina Grande.

A ação foi conduzida pela Polícia Federal, Ministério Público da Paraíba e Controladoria-Geral da União, com o objetivo de aprofundar investigações que apontam para desvios em projetos de infraestrutura urbana, incluindo obras de esgotamento sanitário e pavimentação. Tais desvios agravam as dificuldades enfrentadas por cidades do interior paraibano, onde a escassez de recursos torna ainda mais urgente a execução de obras públicas de qualidade.

As investigações tiveram início a partir de desdobramentos da Operação Bleeder, desencadeada em 2021, que revelou irregularidades em contratos para construção de açudes e barragens em áreas afetadas pela seca no estado. A Bleeder identificou práticas como direcionamento de licitações, superestimativa de serviços e superfaturamento, que também estão presentes nos contratos investigados na atual operação.

O prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson, já havia sido preso em agosto de 2023 durante a segunda fase da operação. Embora tenha obtido liberdade posteriormente, ele permanece sob investigação pelas supostas irregularidades cometidas durante sua gestão.

As suspeitas de fraude envolvem não apenas o desvio de recursos, mas também práticas que comprometem diretamente o atendimento às necessidades da população. Segundo a CGU, o superfaturamento e a má execução das obras representam um prejuízo duplo: financeiro para os cofres públicos e social para os moradores que dependem dessas infraestruturas

A operação segue em andamento, com novas diligências previstas para aprofundar as apurações. Caso sejam confirmadas as irregularidades, os responsáveis poderão responder por crimes como peculato, fraude em licitação e formação de organização criminosa.

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