Sérgio Queiroz: “Essa é uma decisão sobre prioridades, não sobre certo ou errado” - Foto: Reprodução

O pastor Sérgio Queiroz, uma das principais lideranças conservadoras da Paraíba, anunciou nesta quarta-feira (9) que não será candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2026. A decisão foi comunicada durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais.

Segundo o ex-secretário especial do governo Bolsonaro, a escolha foi resultado de um período de intensa reflexão, oração e diálogo com aliados e pessoas próximas. Apesar de considerar que vive seu “melhor momento político”, Sérgio afirmou que precisou optar entre seguir na vida pública ou se dedicar integralmente ao seu ministério pastoral — decisão que, segundo ele, falou mais alto.

“Após 2024, houve uma articulação envolvendo o PL, o Partido Novo e lideranças nacionais para que eu integrasse uma chapa ao Senado. No entanto, entendi que não posso servir a dois chamados ao mesmo tempo. Meu compromisso com o ministério pastoral é prioritário”, declarou Queiroz.

A desistência foi informada previamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao presidente estadual do PL na Paraíba, Marcelo Queiroga, e ao deputado federal Cabo Gilberto Silva, com quem mantém articulação política. Sérgio integrava a chapa encabeçada por Queiroga na disputa pela Prefeitura de João Pessoa em 2024, como candidato a vice-prefeito.

Nas eleições de 2022, Sérgio Queiroz teve uma votação expressiva para o Senado Federal, sendo o mais votado na capital paraibana. Sua saída do cenário eleitoral representa uma baixa importante para a oposição conservadora no estado, que via em seu nome uma das apostas para fortalecer a chapa majoritária nas eleições estaduais de 2026.

Mesmo fora da disputa, ele garantiu que seguirá contribuindo com o debate público e social por outras vias.

“Essa é uma decisão sobre prioridades, não sobre certo ou errado. Continuarei servindo, mas por caminhos que estejam mais alinhados ao meu chamado neste momento”, afirmou.

A decisão repercute entre aliados e deve provocar reestruturações nas estratégias da direita paraibana, que agora precisa reorganizar o tabuleiro político sem uma de suas figuras mais influentes.