O levantamento foi realizado entre os dias 1 e 5 de abril. Foram vistoriadas 9.024 casas. É a maior amostra já coletada. As equipes localizaram focos do mosquito em 4,5% das residências, ou seja, em 406 imóveis. Cerca de 80,5% dos focos estavam em depósitos localizados ao nível do chão, que são as cisternas, baldes, vasos, caixas d’água no solo, entre outros.
O resultado configura alto risco de proliferação do mosquito e de disseminação das doenças provocadas pelo Aedes aegypti. Dos 63 bairros vistoriados, 34 apresentaram índice superior a 4,0%, ou seja, alto risco. Os bairros com maiores índices são Santa Cruz e Presidente Médici (9,8%). Os menores índices foram registrados em Catolé e Estação Velha (1,2%).
O Complexo Aluízio Campos apresentava índice de 7,4% no primeiro LIRAa e agora teve 1,6%. O distrito de Galante caiu de 5,0% para 1,7%. Palmeira Imperial e Bairro das Cidades reduziram de 8,0% para 5,3%. “Em todas essas áreas em que houve queda foram realizadas diversas ações, panfletagem, palestras em escolas, em unidades de saúde”, ressaltou o gerente de Vigilância Ambiental do Município, o biólogo Hércules Lafite.
Lafite, que é especialista em gestão ambiental, considerou o resultado razoável diante do período. “Estamos em um período de muitas chuvas e de muito calor. A água favorece que as fêmeas coloquem seus ovos e as larvas do mosquito nasçam e o calor propicia a reprodução, diminuindo o tempo do ciclo reprodutivo e aumentando a proliferação. Diante de tudo isso, o índice demonstrou um controle”, explicou.
Lafite também analisou que os dados são reflexo da ação governamental com a campanha “Em Campina, Mosquito não se cria” e ressaltou o papel da população. “Ora, se houve redução exatamente nos bairros em que levamos conscientização, isto significa dizer que o maior agente de combate é a população”, avaliou.