A Polícia Civil da Paraíba, em ação conjunta com o Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal e forças policiais de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (14) os influenciadores Hytalo Santos e Israel Nata Vicente. As prisões ocorreram por determinação da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, expedida pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa.
Segundo as investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Unidade de Inteligência e Investigação da Polícia Civil (UNINTEPOL), os suspeitos são investigados por tráfico humano e exploração sexual infantil. As apurações apontam que vítimas, muitas delas menores de idade e em situação de vulnerabilidade social, eram aliciadas, transportadas e exploradas dentro do próprio estado, para fins sexuais ou em condições análogas à escravidão.
As autoridades alertam que o tráfico humano estadual, embora menos visível que o internacional, tem impactos profundos nas comunidades locais e exige combate firme e coordenado.
Mandados de busca e apreensão
Na quarta-feira (13), a Justiça também autorizou mandado de busca e apreensão no apartamento de luxo onde Hytalo Santos residia, em João Pessoa. A decisão, assinada pelo juiz Adhailton Lacet Correia Porto, da 1ª Vara da Infância e Juventude, tinha como objetivo recolher celulares, computadores e outros equipamentos utilizados em gravações.
Ao chegarem ao local, policiais foram informados por funcionários do condomínio que o influenciador teria deixado o prédio pouco antes, levando diversos equipamentos em um veículo.
Bloqueio das redes sociais
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio das redes sociais de Hytalo Santos e proibiu o contato dele com menores citados no processo. Desde a última sexta-feira (8), a conta do influenciador no Instagram está fora do ar, após denúncia do humorista Felca sobre suposta exploração de menores.
Sigilo e proteção das vítimas
A Polícia Civil e o Ministério Público reforçaram que o sigilo das investigações é essencial para preservar a integridade das vítimas e evitar novos riscos. Vazamentos de informações e medidas tomadas fora dos protocolos criminais, segundo as autoridades, têm prejudicado o andamento do caso.
Em nota, as instituições envolvidas reiteraram o compromisso inegociável com a proteção de crianças e adolescentes e convocaram a sociedade a colaborar com denúncias responsáveis, sempre preservando a dignidade das vítimas.
Veja imagens da prisão divulgadas pela Polícia:
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