Presidente exigiu que relação entre dois blocos seja de ganho mútuo - Foto: Agência Brasil
Presidente teria sido ameaçado por fazendeiro paraense - Foto: Agência Brasil

Um fazendeiro paraense que ameaçou “dar um tiro” no presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi preso pela Polícia Federal na última quinta-feira (3). O fazendeiro ameaçou atirar no chefe do Poder Executivo durante sua visita ao Pará durante os dias 4 e 7 de agosto para a Cúpula da Amazônia. 

O fazendeiro, Arlison Strapasson tentou descobrir qual hotel hospedará o presidente em Santarém e acabou sendo preso pelo crime de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por motivação política. O fazendeiro também está sendo investigado por suposta relação com grilagem de terras e garimpo na região. 

Segundo informações da Polícia Federal, Strapasson foi preso enquanto comprava bebidas em uma loja. Na ocasião, teria proferido ameaças contra o presidente e perguntado aos presentes onde Lula estaria hospedado. Uma das testemunhas imediatamente denunciou o episódio à PF. 

Durante o interrogatório, o homem preso confessou ter participado dos atos de 8 de janeiro em Brasília, quando houve a invasão do Salão Verde da Câmara dos Deputados. Além disso, ele admitiu ter se envolvido em manifestações que ocorreram em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém, durante 60 dias ininterruptos, e revelou que financiou a manifestação com mil reais todos os dias. 

Durante as diligências realizadas pela PF, os investigadores encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel na região, no valor de 2,5 milhões de reais, o que levantou suspeitas adicionais sobre as atividades do fazendeiro. 

Nas redes sociais, o ministro Flávio Dino se manifestou, afirmando que a PF “seguirá aplicando a lei contra criminosos”, reforçando o compromisso das autoridades em combater ameaças e atos de violência contra qualquer figura pública, independentemente de suas posições políticas. 

O episódio trouxe à tona a preocupação com a segurança de autoridades durante eventos públicos, especialmente em um momento delicado em que a questão ambiental está em evidência com a realização da Cúpula da Amazônia no Pará. 

As investigações prosseguem para apurar a extensão das ações de Strapasson e se ele contou com o auxílio de outras pessoas para planejar as ameaças contra Luiz Inácio Lula da Silva. A prisão do fazendeiro serve como um alerta de que atos violentos e ameaças de qualquer natureza não serão tolerados pelas autoridades e que a lei será aplicada de forma rigorosa para garantir a segurança e a ordem pública. 

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