A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na manhã desta terça-feira (26) uma operação em conjunto que visa combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais cometidos por sócios de uma empresa especializada em criptoativos. A operação é um desdobramento da Operação Halving. Foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campina Grande e Lagoa Seca.
Com os elementos colhidos nas medidas judiciais, outros crimes e vários outros envolvidos foram sendo apontados como participantes do esquema criminoso. Nos últimos 4 anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 2 bilhões em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Os crimes investigados são os previstos nos arts. 7º (emitir títulos falsos) e 16 da Lei nº 7492/86 (operar falsa instituição financeira), além do artigo 12 da Lei 12.850/13 (que trata de organização criminosa).
O nome da operação é uma alusão ao setor da empresa onde atuavam os traders, denominado como Centro Tático Operacional (CTO). Em tese esse deveria ser o coração da empresa, onde seriam gerados os lucros que permitiriam os pagamentos prometidos em propaganda. No curso da operação Halving foram reunidos indícios de que o desempenho desse setor nem de longe alcançava o que era necessário para a viabilidade do negócio.