A Polícia Federal Deflagrou na manhã desta quarta-feira (25) a 19ª fase da Operação Lesa Pátria. Um dos alvos da nova fase da operação é Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. Léo é primo dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio, Carlos e Eduardo.
A ação tem o objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.
Na ocasião, Léo Índio registrou sua participação nos atos golpistas nas redes sociais com uma foto na rampa do Congresso Nacional. Após a repercussão negativa, chegou a editar a legenda da publicação após repercussão negativa, explicando sua presença em Brasília naquela data.
“Quem tem histórico de destruir patrimônio público é a esquerda. Focarão no vandalismo, certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogênio disparado pelas forças de segurança, que não focaram nos focos de destruição, jogaram em todos os manifestantes. Busquem os verdadeiros vândalos e também os covardes mascarados e fantasiados de patriotas”, escreveu o sobrinho de Bolsonaro.
Não é a primeira vez que Léo Índio é alvo da Lesa Pátria. Em janeiro, o sobrinho do ex-presidente foi alvo da terceira fase da operação. Léo Índio não tem ensino superior, e disse à Corte que sua ocupação era de vendedor. No passado, ele chegou a ser assessor do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e ocupou cargos de confiança nos gabinetes do senador Chico Rodrigues (União Brasil-RR) e da liderança do PL no Senado Federal, pelo qual recebia um salário de R$ 5,7 mil. Em julho do ano passado, ele foi exonerado.
Também em 2022, ele tentou se eleger como deputado distrital sob a alcunha de Léo Bolsonaro. O sobrinho não tem o sobrenome do ex-presidente por ser filho de uma irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Bolsonaro e mãe de Carlos, Eduardo e Flávio.
À época, não declarou bens à Justiça Eleitoral. No pleito, ele obteve 1801 votos e não conquistou uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
De acordo com a PF, ao todo devem ser cumpridos cinco mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão contra 12 investigados, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Os alvos estão nos estados do MT, SP, RJ e Distrito Federal.