A Polícia Federal identificou que Jair Bolsonaro (PL) enviava mensagens políticas a pelo menos sete lideranças da Paraíba por meio de listas de transmissão no WhatsApp. A descoberta foi feita após a apreensão do celular do ex-presidente e consta em relatório incluído em inquérito sobre possível descumprimento de medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No aparelho, a PF localizou quatro listas com quase 400 contatos. Bolsonaro compartilhava convocações para atos, transmissões ao vivo e vídeos de manifestações. Entre os paraibanos citados estão o ex-ministro Marcelo Queiroga (PL) e o filho dele, Queiroguinha; os deputados federais Cabo Gilberto (PL) e Wellington Roberto (PL); o deputado estadual Wallber Virgolino (PL); o comunicador Nilvan Ferreira (Republicanos); e o vereador pessoense Carlão Pelo Bem (PL).
O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa de Bolsonaro explique o uso do aplicativo. Caso considere que houve violação da ordem judicial que impede o ex-presidente de usar redes sociais, Moraes pode decretar sua prisão preventiva.
Aliados reagiram ao vazamento. Marcelo Queiroga chamou o processo de “bullying” e “injustiça” e reforçou apoio a Bolsonaro. Já a defesa argumenta que o WhatsApp não pode ser considerado rede social, mas sim aplicativo de mensagens privadas.
A inclusão de políticos paraibanos nas listas expõe a rede de articulação direta de Bolsonaro e evidencia a força do PL no estado, partido que deve ser protagonista nas eleições de 2026.
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