“É muita emoção estar morando em um barraco, criando duas crianças e sem ter pra onde você ir e de repente conquistar um sonho”. O depoimento é de Rita Serafim Cavalcante, 46 anos, doméstica, que está recebendo hoje a chave de sua casa própria. “Não é fácil passar quatro anos dentro de invasão com criança pequena. Quando a gente foi para lá, meu filho tinha um ano e três, quatro meses por aí”, lembra ela. “Hoje eu tenho a minha casa, tenho minha dignidade reconstruída”.
Esse é um exemplo de como o programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal tem a capacidade de mudar vidas. Hoje, na Paraíba, o ministro das Cidades, Jader Filho, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, entregaram as chaves dos imóveis do Conjunto Habitacional São Judas Tadeu I e II em Patos, que beneficiará cerca de 3.424 pessoas.
Luciana da Silva Fragoso, 34 anos, moradora em um assentamento localizado no Sapateiro há quatro anos. Ela conta as dificuldades. “Teve uma época que queriam nos expulsar, mas a gente resistiu, porque a gente também não tinha para onde ir. A gente tinha filho, não tinha emprego e a gente continuou lá”, relembrou a beneficiária do programa, que trabalha com reciclagem.
Geane Soares da Silva, 28 anos, dona de casa, também ficou quatro anos no assentamento. “A gente aguentava sol, chuva, bichos no barraco. As vezes a gente matava cobra, escorpião… E o governo olhar pra gente é uma dádiva de Deus.”
Já Vera Lúcia da Silva, de 31 anos, é beneficiária do Bolsa Família. Ela conta que esperou 16 anos para realizar o sonho da casa própria. “Moro de aluguel desde os 14 anos”.
Outra beneficiária é Daniela Ferreira Martins, de 37 anos, trancista, que não apenas terá um novo lar, mas também será isenta das parcelas do MCMV, graças ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) que sua filha passará a receber. Daniela expressa sua gratidão por essa benção dupla. “Agradeço primeiramente a Deus, ao nosso presidente Lula e todas as pessoas que estão envolvidas nesse grande projeto que é o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou.
Francisco Françoelson, aos 32 anos, destaca a importância da representatividade LGBTQIA+ ao receber um apartamento. Ele ressalta que seu exemplo inspirará outros membros da comunidade a buscarem seus direitos. Para ele, a vitória não é apenas pessoal, mas de toda a comunidade LGBTQIA+.