O paraibano Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, é apontado como o principal alvo da megaoperação contra o Comando Vermelho que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. Nascido em Caiçara, no interior da Paraíba, em 1970, e criado na Vila Cruzeiro, na Zona Norte carioca, Doca é considerado um dos criminosos mais perigosos do país. Ele tem mais de 100 homicídios atribuídos a seu nome e 35 mandados de prisão em aberto por crimes que incluem execuções de crianças e desaparecimento de moradores. Apesar da ofensiva policial, o chefe do tráfico conseguiu escapar e segue foragido.
Fugitivo do sistema prisional, Doca foi apontado em 2023 como mandante da execução de três médicos na Barra da Tijuca — crime motivado por erro de identificação — e posteriormente teria ordenado a morte dos próprios executores. O traficante também é investigado pelo caso dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
O Disque Denúncia oferece R$ 100 mil de recompensa por informações que levem à sua captura — a segunda maior já oferecida na história, igualando o valor pago por Fernandinho Beira-Mar em 2000. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números (21) 2253-1177 no Rio ou 197 na Paraíba. Até o momento, mais de 150 denúncias já foram recebidas sobre o paradeiro do criminoso.
O valor oferecido é o maior da história do serviço, superando até a recompensa por Fernandinho Beira-Mar em 2000. “Trata-se da maior recompensa da história do serviço, ao lado dos R$ 100 mil que foram oferecidos por informações que levassem a Fernandinho Beira-Mar em 2000”, lembrou o Disque Denúncia.
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Doca é natural de Caiçara, mas foi criado na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução
Quem é Doca
Com 55 anos, Doca possui 34 mandados de prisão expedidos e já esteve escondido no Morro do São Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense. Doca nasceu na Paraíba e foi criado na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio. Segundo a polícia, já esteve escondido no Morro do São Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense.
Fugitivo do sistema carcerário, Doca é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público denunciou Doca e outros 66 suspeitos por associação ao tráfico.
Doca é apontado como o mandante da execução de três médicos na zona sudoeste do Rio em outubro de 2023. As vítimas foram mortas por engano porque um deles foi confundido com o verdadeiro alvo dos criminosos. Em maio deste ano, o MPRJ denunciou Doca e outros dois criminosos pelo ataque a uma delegacia em Duque de Caxias.



