Dentre os crimes atribuídos ao Padre Egídio Carvalho Neto, está um golpe de R$ 500 mil contra uma idosa. A denúncia está sendo apurada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Em depoimento a vítima revelou que foi induzida pelo religioso, que na época ocupava o cargo de diretor-presidente do Hospital Padre Zé, para que fizesse doações à unidade de saúde afim de ajudar a população humilde atendida pela unidade filantrópica de saúde.
“O mundo virou. Mas, na minha época, um absurdo desse eu nunca tinha assistido. Eu disse a ele [Egídio], [o dinheiro] é para os meus pobres. Quando surgiu o boato, eu disse, eita(sic), nem pobre, nem eu (risos). Agora, o que vou fazer? Ficar louca? Não posso fazer mais nada. Eu disse, Jesus eu entreguei a ele, pensando que era um ministro de Deus, que eu tinha entregado aos pobres. Agora, de apartamento e cobertura não quero nem saber”, afirma a mulher em trecho do depoimento divulgado pelo Portal Mais PB.
No mesmo depoimento, a mulher explicou a Ministério Público ter feito as doações por acreditar que não precisava “de tanto dinheiro guardado”. O contato entre a mulher e Padre Egídio se iniciou quando ela buscou o sacerdote para que ele a ajudasse a se encontrar com Dom Delson para que pudesse fazer a doação diretamente para a Arquidiocese da Paraíba, mas foi convencida pelo sacerdote a deixar o dinheiro para Hospital Padre Zé.
“Você é membro do Padre Zé e vai deixar o dinheiro para o hospital”, teria sido o argumento apresentado por Padre Egídio para que a mulher fizesse as doações para o hospital. O Gaeco investiga para ter certeza se o dinheiro doado chegou a entrar nos cofres do hospital.
Na última semana, Padre Egídio teve sua prisão preventiva decretada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba e encontra-se preso em uma cela individual.