O coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (MPPB/Gaeco), Octávio Paulo Neto, responsável pela Operação Calvário, comentou nesta quinta-feira (7) sobre a queda das medidas cautelares impostas ao ex-governador Ricardo Coutinho (PT) no âmbito da investigação. De acordo com o promotor, a revogação é cabível, mas demonstra a necessidade de celeridade no julgamento dos processos relacionados.
“A gente tá falando de cautelares de quatro anos, isso de fato é uma violação ao direito deles, do mesmo modo é uma violação ao direito da sociedade o não julgamento e é mais grave inclusive porque não é admissível não ter julgamento. Se julgue. Acho que a grande questão aí é o TRE dar prioridade a esse julgamento porque alguns crimes postos já podem prescrever”, afirmou durante entrevista à Rádio Correio.
Referência nacional no combate à corrupção, Octávio Paulo Neto cobrou uma maior celeridade no julgamento dos processos que apuram crimes do ‘colarinho branco’, como peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organizações criminosas.
“A demora nesse processo é uma coisa absurdamente ridícula”, avaliou Octávio, ao fazer referência à Operação Calvário.