manifestação pública para denunciar a lentidão do Judiciário na Comarca de Teixeira, no Sertão
manifestação pública para denunciar a lentidão do Judiciário na Comarca de Teixeira, no Sertão

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB) e a Subseção de Patos realizaram, nesta quarta-feira (10), uma manifestação pública para denunciar a lentidão do Judiciário na Comarca de Teixeira, no Sertão. Para evidenciar a gravidade do problema, os advogados interromperam por aproximadamente uma hora o tráfego da PB-262, na região da Serra de Teixeira.

Após o bloqueio, os participantes — entre eles profissionais da advocacia, representantes de entidades e integrantes da sociedade civil — seguiram para a frente do Fórum local, onde promoveram um ato pacífico cobrando mais estrutura e agilidade. Na ocasião, foram reivindicadas a nomeação de um juiz titular e a criação de uma nova Vara na cidade.

O presidente da OAB-PB, Harrison Targino, enfatizou que a situação compromete direitos básicos da população e precisa ser enfrentada com urgência. “A paralisia que atinge a Comarca de Teixeira é intolerável. Advogados e cidadãos enfrentam processos estagnados, audiências sucessivamente remarcadas e falta de suporte adequado. Nosso dever institucional é dar visibilidade a esse quadro e insistir que o Tribunal de Justiça tome providências imediatas”, destacou.

Em seu discurso, ele também reconheceu a importância da mobilização. “O movimento de vocês é fundamental. É graças a esse esforço coletivo que conseguimos evidenciar uma realidade grave: o fechamento informal de uma comarca, mesmo havendo magistrados disponíveis para exercer a jurisdição. Parabenizo o presidente Cleodon e toda a advocacia da região pela determinação”, acrescentou. Harrison reforçou que a OAB-PB continuará vigilante. “Não iremos nos calar. Vamos dialogar, mas também agir. Se houver necessidade, adotaremos novas medidas para garantir que a Justiça funcione com dignidade e eficiência”, afirmou.

O presidente da OAB de Patos, Cleodon Bezerra, lembrou que, embora o problema seja antigo, ele se agravou recentemente, prejudicando o trabalho dos advogados e afetando diretamente a população. “A situação chegou ao limite. Profissionais não conseguem dar andamento aos processos, e famílias inteiras sofrem com a ausência de decisões judiciais. Estamos unidos para dizer que não aceitaremos mais esse abandono”, declarou.

Cleodon reforçou que o ato não tem caráter de confronto, mas de defesa da cidadania. “Nosso protesto não se dirige a pessoas, mas à falta de condições mínimas para o pleno funcionamento da Justiça. Queremos um Judiciário atuante, acessível e estruturado. A população de Teixeira merece respeito”, concluiu.

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