Nova presidente da Câmara de Bayeux decreta calamidade administrativa e suspende contratos, pagamentos e concurso público
Jays de Nita determinou a abertura de uma auditoria ampla sobre contratos, processos administrativos e folhas de pagamento na Casa Severaque Dionísio

A Câmara Municipal de Bayeux (CMB) decretou, nesta terça-feira (30), estado de calamidade administrativa interna. A medida foi assinada pela nova presidente da Casa, vereadora Jays de Nita (PSB), e determina a suspensão temporária de pagamentos, contratos, convênios, subvenções e do concurso público aberto na gestão anterior.

O decreto é a primeira decisão de grande impacto da nova presidência, assumida após a morte do ex-presidente Adriano Martins (Republicanos), e revela um quadro de desorganização administrativa que, segundo o documento, exige iniciativas excepcionais para resguardar a legalidade e o interesse público.

De acordo com a presidência, a decisão foi tomada após a identificação de inconsistências administrativas, contratuais e financeiras. Com isso, ficam suspensos os pagamentos de contratos vigentes — incluindo serviços terceirizados, locações, fornecimento de combustíveis e outras despesas operacionais.

Os serviços essenciais ao funcionamento da Câmara — como energia elétrica, água, comunicação e segurança — poderão ser mantidos mediante justificativa técnica.

O decreto também determina a abertura de uma auditoria ampla sobre contratos, processos administrativos e folhas de pagamento, com acompanhamento da Controladoria Interna. O objetivo é apontar eventuais irregularidades, avaliar a legalidade dos atos e identificar responsabilidades em caso de prejuízo ao erário.

Para auxiliar o trabalho, foi criada uma força-tarefa com servidores da própria Casa. Todos os atos administrativos passarão por reavaliação individual, e qualquer retomada de pagamentos dependerá de parecer jurídico e conclusão das auditorias.

Entre as medidas, está a suspensão imediata do cronograma do concurso público lançado na gestão de Adriano Martins, que ficará paralisado até que o cenário administrativo seja esclarecido.

Em nota interna, a presidência afirma que o decreto é temporário e visa reorganizar a Câmara, restabelecer a transparência e assegurar o uso correto dos recursos públicos. Nos bastidores, a decisão já repercute politicamente e aumenta a pressão por esclarecimentos sobre a gestão anterior.

Com a medida, a Câmara de Bayeux inicia um período de revisão profunda — com potencial para alterar contratos, despesas e a própria dinâmica política do Legislativo municipal.