Gerson de Melo Machado, conhecido como “Vaqueirinho”, morto no último domingo (30) após ser atacado por uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa, estava em descumprimento de uma decisão judicial que determinava seu encaminhamento para tratamento psiquiátrico. A Justiça da Paraíba não conseguiu localizá-lo para efetivar a medida.
No início de novembro, um oficial de Justiça esteve na Penitenciária Modelo Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Róger, para intimá-lo. Ao chegar ao local, constatou que Gerson havia sido libertado mediante alvará de soltura. Em nova tentativa, no dia 27 de novembro, o Poder Judiciário registrou que o acusado seguia em liberdade e destacou que, para a emissão de uma guia de internação, seria necessário um novo mandado de prisão — o que só poderia ser cumprido caso ele fosse encontrado.
Relatórios médicos emitidos no início do ano já indicavam a necessidade de internação para tratamento especializado. O documento foi anexado ao processo em que Gerson respondia por danos ao Centro Educacional de Adolescentes (CEA).
Em 25 de novembro, a juíza Michelline Jatobá determinou a soltura do jovem mediante medidas cautelares. Entre as condições impostas estavam: comparecimento a todos os atos processuais, proibição de deixar a comarca por mais de 15 dias, comunicação prévia de mudança de endereço, não cometer novas infrações, início imediato de tratamento no CAPS AD III, além de cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 8h, inclusive nos dias de folga.
O ataque na Bica
Na manhã de domingo (30), Gerson morreu após invadir a jaula de uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, conhecido como Bica. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram ferimentos graves na cabeça da vítima.
A Prefeitura de João Pessoa lamentou o ocorrido, manifestou solidariedade à família e informou que o parque foi interditado para procedimentos de segurança e abertura das investigações que irão apurar as circunstâncias do ataque.
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