A população da cidade de Cabedelo, na Grande João Pessoa, ficou assustada com o alto índice de uma espécie de “pó preto” espalhado por várias ruas do município. O produto em si é o coque de petróleo, um combustível fóssil sólido derivado do petróleo, de cor negra, com altos teores de carbono e enxofre, que em exposição constante, pode se tornar extremamente nocivo à saúde das pessoas.
De acordo com moradores, uma grande quantidade do produto foi espalhada, nesta terça-feira (29), em frente ao Hospital Público Municipal e a Praça Getúlio Vargas, no Centro de Cabedelo, e vem causando inúmeros transtornos à população e aos comerciantes da região.
Segundo apurou a Redação do Fonte83, o coque de petróleo está sendo operacionalizado na descarga do navio Tralwind Dolphin, no cais do Porto de Cabedelo. A operação é realizada pela empresa operadora portuária Combulk Marítima LTDA, e o transporte realizado pela empresa pernambucana Transagil LTDA, ambas foram contratadas pela CSN Companhia Siderúrgica Nacional, que é proprietária de duas fábricas de cimento na Paraíba.
O tráfego pesado de caminhões com o coque de petróleo tem derrubado o “pó preto” nas ruas que ficam próximas ao Porto de Cabedelo e também na rodovia BR-230.
“Ontem me prejudiquei porque quando passava um caminhão, a poeira com o pó preto subiu, sujando todo o meu estabelecimento. Dentro da pastelaria está todo preto”, denunciou um comerciante da região.
Ainda de acordo com moradores, que preferiram não se identificar, imagens do produto nas ruas de Cabedelo estão sendo encaminhadas ao Ministério Público da Paraíba e a outros órgãos ambientais com o intuito de que providências sejam adotadas urgentemente.
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