
O presidente estadual do PL na Paraíba e ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reagiu duramente às medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (18). Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, Queiroga classificou as determinações como “severas” e sem respaldo jurídico.
“Trata-se de uma decisão desproporcional. Bolsonaro foi presidente da República, tem endereço conhecido e nunca se esquivou da Justiça. Impor tornozeleira eletrônica a alguém nessa condição é desnecessário. Onde está o povo, está Bolsonaro. Essa medida só serve para acirrar ainda mais os ânimos no país”, declarou Queiroga durante o programa.
As declarações do dirigente paraibano ocorrem no contexto de mais uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que incluiu mandados de busca e apreensão contra Bolsonaro e aliados. As medidas cautelares determinadas pelo STF incluem o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar no período noturno, proibição de uso das redes sociais e restrições de contato com diplomatas e demais investigados.
Segundo a Suprema Corte, as decisões se baseiam em indícios de possível tentativa de fuga por parte do ex-presidente, reforçados por movimentações recentes e pelo apoio público do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que chegou a divulgar uma carta pedindo o fim das sanções contra Bolsonaro.
Para Queiroga, as ações judiciais contribuem para intensificar a polarização política no país. “Esse tipo de medida só reforça a percepção de perseguição institucional contra Bolsonaro. O que estamos vendo é a criminalização de um lado do espectro político”, avaliou o ex-ministro.
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