Foi condenada a 30 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, na tarde desta terça-feira (11), Eliane Nunes da Silva, acusada de matar a própria filha, em outubro de 2023. Júlia foi morta com mais de 20 facadas quando estava no berço. O julgamento aconteceu no 1º Tribunal do Júri da Capital, em João Pessoa.
Segundo os autos do processo, após receber uma mensagem do seu então companheiro, a acusada foi até o berço em que sua filha estava deitada e desferiu mais de vinte golpes de faca na região do abdômen, costas e pescoço da criança. Ainda com manchas de sangue nos braços, Eliane apresentou-se à autoridade policial, confessou o crime e confirmou as razões que a fizeram cometê-lo.
A ré Eliane Nunes da Silva quando foi ouvida disse a todo instante que desde o fato tenta entender por que fez aquilo e que estaria arrependida do fundo do coração, que queria muito voltar atrás para que a filha estivesse novamente nos braços dela.
De acordo com a sentença, proferida pela juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, foram acatadas as três qualificadoras do homicídio imputado para a ré. As qualificadoras foram motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. A defesa pode recorrer da decisão, mas vai permanecer presa. O Ministério Público da Paraíba, nas alegações finais, pediu a pronúncia da ré, afirmando que existem provas da materialidade do fato e indícios suficientes de autoria. Na ocasião, a defesa de Eliane pediu que ela não fosse pronunciada, alegando insuficiência de provas de autoria e pediu a exclusão da qualificadora do motivo torpe, além de requerer a liberdade provisória da acusada. O MPPB se manifestou contrário ao pedido.