O vereador Carlos Bolsonaro revelou informações que acenderam o alerta sobre o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro, internado no Hospital DF Star, em Brasília. Segundo ele, a madrugada desta segunda-feira (29) foi marcada por momentos de apreensão, após Bolsonaro apresentar um quadro de pressão arterial extremamente elevada.
De acordo com Carlos, a equipe médica precisou intervir novamente para estabilizar o quadro clínico e avaliar a necessidade de um novo procedimento cirúrgico ainda hoje. “A madrugada foi muito preocupante. A pressão estava altíssima e os médicos precisaram agir para controlar a situação, além de analisar a possibilidade de uma nova cirurgia para tentar conter os soluços”, relatou.
O ex-presidente passou recentemente por uma cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral. Após o procedimento, iniciou tratamento para uma crise persistente de soluços, o que levou os médicos a indicarem uma nova intervenção, prevista para esta segunda-feira, por volta das 14h. A técnica adotada consiste no bloqueio do nervo frênico esquerdo, com o objetivo de interromper os sintomas.
Além dos soluços, Bolsonaro enfrenta episódios de apneia do sono, condição caracterizada por interrupções repetidas da respiração durante o descanso. Com o agravamento do quadro clínico, a expectativa é que ele permaneça internado durante a virada do ano, acompanhado por pessoas autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“São várias complicações ao mesmo tempo. Sem acompanhamento médico contínuo e cuidados intensivos, o risco à vida se torna significativo”, afirmou Carlos. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem se revezado no acompanhamento do marido durante a internação.
O tratamento inclui um procedimento de radiointervenção com aplicação de anestesia para bloqueio do nervo frênico. O efeito anestésico costuma durar entre 12 e 18 horas, período em que o ex-presidente permanece sob observação hospitalar. A equipe médica informou que a intervenção ocorreu dentro do esperado e que Bolsonaro segue sob monitoramento rigoroso.
A realização da cirurgia foi autorizada após decisão do ministro Alexandre de Moraes, fundamentada em laudo pericial da Polícia Federal. Desde novembro, após o trânsito em julgado do processo, Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após condenação relacionada à trama golpista.
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