A Justiça da Paraíba prorrogou neste domingo (17) por mais 30 dias a prisão temporária de Rafael Silva Cavalcante, conhecido como Rafinha Banana. Ex-candidato a vice-prefeito de São Bento, no Sertão da Paraíba, ele é suspeito de ser o mandante do assassinato do empresário Vandenilson Dantas de Oliveira, de 49 anos, ocorrido em outubro.
Rafinha foi preso pela Polícia Civil no dia 17 de outubro, em São Paulo, e transferido para a Paraíba no início de novembro. A decisão judicial de ampliar o prazo da prisão se deu para garantir o prosseguimento das investigações.
No despacho, o magistrado justificou que o prazo inicial era insuficiente para a conclusão das diligências necessárias. “Diante do exposto, em consonância com o parecer ministerial, considerando que o prazo inicial de 30 (trinta) dias se mostra insuficiente para a conclusão das investigações, entende-se pela razoabilidade e proporcionalidade da prorrogação da medida por igual prazo, com relação aos investigados mencionados no anexo II, razão pela qual DEFIRO-A”, destacou.
Além de Rafinha, a Justiça também decidiu prorrogar as prisões de Waltércio Bezerra do Nascimento e Lucas Silva Cavalcante, ambos investigados no caso.
As investigações
De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, as apurações indicam que Rafinha Banana teria encomendado a morte de Vandenilson Dantas. Ambos eram sócios em uma empresa de apostas esportivas, e as desavenças nesse negócio são apontadas como possível motivação do crime.
Vandenilson foi assassinado no dia 9 de outubro, três dias após o término das eleições municipais. O empresário estava em uma praça de São Bento quando foi alvejado por disparos de arma de fogo. Apesar de ter sido socorrido, ele não resistiu aos ferimentos. A vítima, além de atuar no ramo de apostas, também era proprietária de uma academia na cidade.
Rafinha, que foi candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Marcos Davi (PP) nas eleições municipais de 2024, permanece sob custódia enquanto a Polícia Civil e as autoridades judiciais trabalham para elucidar o caso.
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) e pela Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE) de Patos, seguem em sigilo. Não há previsão oficial sobre novos desdobramentos ou sobre a permanência de Rafinha na Paraíba ou em São Paulo.