O juiz José Guedes da 4ª Vara Criminal de João Pessoa indeferiu nesta quinta-feira (25) o pedido de Jannyne Dantas, ex-diretora do Hospital Padre Zé, pela revogação da sua prisão preventiva. O magistrado apontou que não há “motivo idôneo para o relaxamento da prisão com base em excesso de prazo”. Jannyne foi presa preventivamente em novembro de 2023 em decorrência das investigações da Operação Indignus.
Após a justiça converter a prisão preventiva do ex-diretor-presidente do Hospital Padre Zé, padre Egídio de Carvalho Neto, em prisão domiciliar após o sacerdote ter sido submetido a uma cirurgia para a retirada de um tumor, a defesa de Jannyne buscou se basear na decisão para tentar uma conversão de regime também para a ex-diretora.
No início da semana, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deu um parecer contra soltura de Dantas. “Não há, portanto, motivos suficientes para estender o benefício concedido a outro acusado se baseando unicamente em um DADO SUBJETIVO não extensível aos demais. Diante disso, esclarece-se que a razão para a viabilidade da substituição da prisão preventiva pela domiciliar no caso de EGÍDIO NETO se deu por motivos humanitários, com base na regra estabelecida no art. 318, II do Código de Processo Penal”, argumentou o órgão ministerial.