O pedido apresentado pela defesa do padre Egídio de Carvalho Neto para que o religioso, que estava preso na Penitenciária Especial do Valentina desde novembro de 2023, siga cumprindo a prisão preventiva na modalidade de prisão domiciliar foi acatado pelo juiz José Guedes Cavalcanti. Padre Egídio é acusado de comandar um esquema que desviou em torno de R$ 140 milhões em recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Na sua decisão, o juiz determina que padre Egídio use tornozeleira eletrônica, a proibição de que ele deixe sua residência e outras medidas cautelares. Padre Egídio está internado em um hospital particular de João Pessoa após ser submetido a uma cirurgia.
“Como se vê, a hipótese em discussão encontra amparo na legislação vigente. De acordo com os documentos acostados, Egídio de Carvalho Neto submeteu-se a uma cirurgia abdominal de urgência para retirada de um tumor, esteve internado na UTI do Hospital da Unimed, hipótese que, aliada aos demais problemas de saúde que ele tem, deixam-no na condição de “debilitado por doença grave”, havendo previsão legal para o acolhimento do pleito”, diz um trecho da decisão.
A decisão do juiz acontece após o Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Repreensão ao Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba – MPPB emitiu um parecer favorável à prisão domiciliar de padre Egídio. O sacerdote foi preso preventivamente em decorrência das investigações da Operação Indignus, que investiga as denúncias apresentadas contra Egídio e funcionários do hospital Padre Zé que também fariam parte da organização que desviava dinheiro proveniente de doações feitas ao Hospital. a cirurgia.