Homossexual, Karol Eller era considerada uma destacada liderança da direita - Fotomontagem: Poder Paraíba

A influenciadora e assessora parlamentar Karol Eller, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), morreu nesta quinta-feira (12), em São Paulo, aos 36 anos. A informação foi confirmada por políticos da direita e por uma publicação feita horas depois nas próprias redes sociais da influenciadora.

Ela caiu do prédio onde morava em Campo Belo, na zona sul de São Paulo. O caso foi registrado pela Polícia Civil como suicídio.

Karol Eller ganhou notoriedade pela proximidade com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deputados de direita, como Nikolas Ferreira (PL-MG).

A morte gerou consternação entre lideranças políticas nesta sexta-feira (13). “Recebi com muita tristeza a notícia da morte da Karol Eller, uma pessoa de coração gigantesco, uma grande mulher. Peço respeito pela história da Karol e orações pela alma dela e pelo conforto de todos. Que Deus a receba!”, escreveu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou uma foto em preto e branco com a influenciadora. “Com muito pesar mesmo acabei de receber a notícia do falecimento da Karol Eller. Que Deus em sua infinita bondade conforte familiares e amigos, vai fazer falta por aqui!”, disse.

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O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos primeiros a confirmar a morte. “Escrevo isso praticamente sem forças, mas infelizmente Karol Eller veio a óbito. Que o Senhor conforte a vida de seus familiares”, afirmou Ferreira.

O ex-presidente Bolsonaro publicou uma foto da apoiadora em preto e branco com uma trilha sonora no Instagram na manhã desta sexta.

O deputado federal Cabo Gilberto também se manifestou. “Que Deus conforte os amigos e familiares de Karol Eller. Descanse em paz”, escreveu.


DEPRESSÃO

A ex-primeira-dama da Paraíba, jornalista Pâmela Bório, publicou vídeo ao lado da amiga. “Momentos alegres nossos no ano passado… Agora, só tristeza, desde quando, nesta noite, nossa guerreira já não atendia seu telefone de prefixo 85 após postar que havia perdido a guerra”, escreveu.

Ainda segundo Pâmela, a influencer Karol Eller vinha sofrendo com uma forte depressão há cerca de cinco meses. “Recentemente, aceitou Jesus como único Senhor e Salvador e abandonou práticas pecaminosas. Assim, clamamos ao nosso Deus por sua misericórdia, estendendo sua Graça aos que também se suici(..) de forma indireta. No entanto, ela foi mais uma vítima desse sistema, assim, considero assassinato de reputações, bullying, ódio do bem na internet, perseguições de ditadores como causa desta e de outras tragédias. Mas quem crê na justiça divina tem consolo e tem resposta. A eternidade nos alcança além desta vida! Seu coração e suas atitudes de nova criatura condizem com os herdeiros do céu. De sobrinha de Cássia Eller à filha do Rei do Universo. Oremos”, postou.


ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Karol Eller esteve em Brasília durante o 8 de janeiro, quando fez transmissão dos atos pela internet. Ela negava taxativamente envolvimento ou apoio às ações vandalismo. Ela era conhecida pela militância em favor de Jair Bolsonaro. Também tinha relação próxima com os filhos do ex-presidente.

A presença nos atos rendeu a ela a perda do cargo que tinha em escritório da agência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no Rio de Janeiro. Posteriormente, em março de 2023, foi admitida como assessora especial do deputado estadual paulista Paulo Mansur (PL).

Abertamente homossexual, Karol costumava ser citada por políticos à direita para negar acusações de homofobia. Em julho, ela se filiou ao PL em evento na Alesp que contou com a participação de Bolsonaro. A influenciadora tinha planos para as eleições municipais de 2024. O partido a tratava como “destacada liderança jovem em defesa da política de direita e do governo Bolsonaro”.

No mês passado, a jovem se converteu à fé cristã e divulgou uma nota afirmando ter renunciado à “prática homossexual, aos vícios e aos desejos da carne para viver Cristo”. O anúncio foi feito após um retiro religioso.

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