João, Lucas e Nabor apareceram em plena “sintonia” durante agenda em Sousa - Foto: Reprodução

A imagem de um almoço durante a agenda do Orçamento Democrático Estadual, no município de Sousa, no Sertão da Paraíba, pode ter representado muito mais do que um momento de confraternização. A imagem do governador João Azevêdo (PSB), do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), sentados à mesma mesa, lado a lado, tem alimentado especulações nos bastidores da política paraibana sobre os primeiros movimentos rumo à formação da chapa governista para 2026.

O registro, divulgado nas redes sociais e rapidamente repercutido entre lideranças políticas, sugere uma possível articulação envolvendo os principais nomes da base aliada. João, que já vem sendo apontado como possível pré-candidato ao Senado Federal, poderia deixar o governo antes do fim do mandato, abrindo caminho para que Lucas Ribeiro assuma o comando do Executivo e se projete como nome competitivo ao Palácio da Redenção.

Nesse cenário especulativo, Nabor Wanderley — aliado de primeira hora do deputado federal Hugo Motta, seu filho e presidente estadual do Republicanos — também tem sido citado como possível nome para compor a chapa majoritária, talvez disputando a segunda vaga ao Senado. Sua atuação como prefeito de Patos e defensor do municipalismo reforçaria a presença do Sertão na composição.

A aproximação entre PSB, PP e Republicanos, três dos partidos mais influentes da base do governo estadual, poderia indicar uma tentativa de consolidação de uma frente ampla em torno da continuidade do projeto político atual. No entanto, lideranças como o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), ambos cotados para disputar o Governo do Estado, também seguem no radar das articulações e poderiam buscar outros espaços em meio à formação do novo tabuleiro.

Apesar de não haver confirmações oficiais, os sinais observados em Sousa têm sido interpretados por analistas como um indicativo de que o grupo já estaria se movimentando para além da gestão e começando a traçar, ainda que de forma discreta, os contornos da sucessão estadual. A possível chapa João-Lucas-Nabor — ou alguma variação entre esses nomes — começa a ganhar visibilidade nos bastidores e, com ela, as movimentações em torno de 2026 seguem ganhando força.