Hugo Motta diz “não ser presidente frouxo”, repreende deputados e impõe ordem no plenário: “Aqui não é o jardim da infância”
Hugo Mota (C): “Esta não é uma Casa de torcida, é uma Casa de parlamentares que têm o poder da fala, de propor projetos e defender suas ideias” - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Em um episódio de tensão no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), interveio de forma enérgica para conter os ânimos acirrados entre parlamentares do governo e da oposição. A confusão teve início com gritos de “sem anistia” e “Lula ladrão”, que impediram o andamento das votações. Diante da resistência dos deputados em acatar a condução da terceira secretária da Mesa, Delegada Katarina (PSD-SE), Motta assumiu o comando da sessão e repreendeu os presentes, afirmando que não toleraria comportamentos inadequados.

“Se vossas excelências estão confundindo esse presidente, como uma pessoa paciente, com um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem. Aqui não é o jardim da infância, nem muito menos um lugar para uma espetacularização que denigra a imagem dessa Casa. Eu não aceitarei esse tipo de comportamento”, afirmou Motta, em tom firme.

Intervenção para garantir a ordem

Motta justificou sua ausência inicial na sessão devido a compromissos com outros parlamentares e um evento com empresários. Durante sua ausência, a Delegada Katarina assumiu a presidência, mas sua autoridade foi desrespeitada quando os deputados se recusaram a obedecer às suas ordens para cessar as manifestações.

O presidente da Câmara ressaltou que não permitirá que a polarização política interfira na condução dos trabalhos legislativos. “O presidente está aqui para garantir a ordem. Não vamos permitir que esse ambiente prejudique a nossa convivência. Não estou aqui para dizer o que cada deputado deve ou não defender, mas estou aqui para garantir que o regimento será cumprido”, declarou.

Medidas para reforçar disciplina no plenário

Diante do episódio, Hugo Motta anunciou medidas para reforçar a disciplina no plenário. Entre elas, determinou que a Polícia Legislativa impeça a entrada de deputados sem gravata no plenário e nas comissões, em respeito às normas da Casa. Além disso, afirmou que parlamentares que desrespeitarem colegas serão denunciados diretamente ao Conselho de Ética.

“Se o parlamentar desrespeitar o colega, a própria presidência vai acioná-lo no Conselho de Ética, e todas as medidas restritivas da Casa serão aplicadas. E não me venham depois cobrar uma mudança de comportamento, porque não terá. Nós não retrocederemos nisso”, alertou Motta.

A postura do presidente da Câmara sinaliza uma tentativa de conter a escalada de tensões no Legislativo, garantindo que os debates, por mais acalorados que sejam, ocorram dentro das normas regimentais e sem excessos que comprometam o funcionamento da Casa.

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