Hugo Motta critica fuga de Eduardo Bolsonaro para os EUA e chama articulação golpista de “incompatível com o mandato”
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em entrevista à GloboNews nesta quinta (14) - Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez duras críticas à permanência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos e às ações que o parlamentar vem articulando no exterior contra instituições brasileiras. Em entrevista à GloboNews, Motta classificou a conduta do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro como “incompatível com o exercício parlamentar” e descartou qualquer possibilidade de flexibilizar as regras para que o deputado atue à distância.

“Não existe mais ou menos deputado. Existe o deputado. E não há previsão regimental para o exercício do mandato à distância. Quando o deputado Eduardo Bolsonaro tomou a decisão de ir para os Estados Unidos cumprir o papel que acha correto, sabia que era incompatível com o exercício parlamentar”, afirmou o presidente da Câmara.

Eduardo está nos EUA desde fevereiro de 2025, onde articula, junto ao governo Donald Trump, sanções contra autoridades brasileiras, entre elas a aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O filho de Bolsonaro também é acusado de atuar para prejudicar a imagem do Brasil e fomentar uma agenda golpista, em meio ao processo que seu pai enfrenta no STF por tentativa de golpe de Estado.

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Motta ressaltou que é legítimo um deputado discordar de decisões judiciais, mas criticou o que classificou como ações contra o país. “Não podemos colocar o interesse pessoal acima do país. É natural discordar do Supremo, mas quando se parte para um trabalho contra o Brasil, que prejudica empresas e a economia, não acho razoável. É uma atitude com a qual temos total discordância”, disse.

O presidente da Câmara reforçou que não alterará o regimento interno para permitir o mandato remoto, afirmando que “seria uma excepcionalidade que não se justifica”. Ele acrescentou que parte das iniciativas de Eduardo não conta nem mesmo com o apoio integral do próprio partido, o PL.

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