Um homem identificado como Renato, filho do antigo proprietário da granja de propriedade do padre Egídio de Carvalho, no município do Conde, acusou o religioso de articular com familiares a compra do imóvel, após a morte dos antigos donos. A granja é avaliada em mais R$ 5 milhões. Padre Egídio é investigado por supostos desvios milionários na administração do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
Em entrevista ao programa Cidade em Ação, da TV Arapuan, o denunciante relatou que tudo começou quando o padre comprou um sítio vizinho à Granja, que era de propriedade de seu pai, que tinha 80 anos.
Morando ao lado, o padre costumava fazer visitas à Granja e chegou a levar o proprietário do local ao Hospital Padre Zé, após ele adoecer.
“O padre pegou meu pai, que tinha adoecido, e levou para o Padre Zé. Lá, meu Pai passou alguns dias e morreu. A granja então ficou com minha madrasta e eu a aconselhei a correr atrás da aposentadoria do meu pai, mas ela deixou tudo nas mãos de um irmão e um sobrinho. Foram eles que fizeram o esquema da venda da granja quando a minha madrasta faleceu, um mês depois que o meu pai”, falou.
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O homem também chegou a acusar o padre Egídio de Carvalho e os familiares da madrasta de falsificar a assinatura do antigo proprietário, seu pai, já falecido, para conseguir vender o imóvel. Após isso, o padre Egídio se tornou proprietário da granja e os familiares da mulher conseguiram construir uma casa e comprar um carro.
“Se investigar vai achar. Eu sustento o que eu digo e tenho um irmão que conta a mesmo história. O padre ficava em cima da granja, só de olho. Minha madrasta tinha boa saúde, era mais nova que meu pai e morreu um mês depois, ninguém sabe do que. Falsificaram a assinatura do meu pai para vender a granja. Quando eu soube já estavam murando tudo. Eles (sobrinho e irmão da mulher que morreu) não tinham dinheiro nenhum e apareceram com casa e carro. Existiu cambalacho”, disse.
Confira a entrevista concedida à TV Arapuan: