O deputado federal Gervásio Maia (PSB) anunciou, nesta terça-feira (21), que pediu a retirada do seu nome da nova composição da direção estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Paraíba. O gesto ocorre um dia após o governador João Azevêdo ser oficializado pela direção nacional do partido como novo presidente estadual da sigla, substituindo o próprio Gervásio.
Em entrevista ao Portal MaisPB, durante o Fórum Nacional do Comércio, em Brasília, Gervásio justificou a decisão alegando falta de tempo para se dedicar às atividades partidárias, em razão de sua atuação parlamentar.
“Pedi que meu nome fosse retirado da executiva do partido. Estamos em outra missão neste momento em Brasília, com dedicação muito forte, e não vou conseguir me dedicar às atividades partidárias”, afirmou.
Apesar do tom diplomático, o deputado admitiu preocupação com o rumo político do PSB e com o ritmo das articulações conduzidas pelo governo estadual.
“Eu torço para que João conduza o fortalecimento do partido, mas precisa melhorar na articulação. Se continuar nesse ritmo, continuarei muito preocupado com os desdobramentos do PSB”, disse.
Gervásio também fez críticas diretas à postura do chefe de Gabinete do Governo, Ronaldo Guerra, cobrando mais diálogo nas articulações regionais.
“Acho que Guerra precisa conversar um pouco mais para evitar erros. A distância nunca é boa na política. Quando há erro, é preciso ter humildade para reconhecer”, observou o parlamentar.
Mesmo diante das divergências internas, Gervásio afastou, por enquanto, a possibilidade de deixar o PSB, destacando laços de gratidão com a legenda e com o presidente nacional, Carlos Siqueira.
“Não quero pensar sobre saída enquanto restar esperança no meu coração. Tenho sido muito feliz no PSB, uma casa que me acolheu muito bem. Enquanto houver chance de o partido sair fortalecido, continuarei acreditando”, completou.
A saída de Gervásio da executiva estadual reforça os sinais de desconforto político dentro do PSB paraibano, em meio à reorganização do partido sob a liderança de João Azevêdo, que busca consolidar sua influência nas articulações para as eleições de 2026.
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