FPF-PB muda estatuto e permite reeleição sem limite após articulação de Michelle Ramalho
Mudança no Estatuto foi articulada por Michelle Ramalho, presidente da própria FPF-PB

A Federação Paraibana de Futebol (FPF) alterou seu estatuto para permitir reeleições ilimitadas à presidência da entidade. A mudança, articulada pela atual presidente Michelle Ramalho — que integra a chapa única à vice-presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) —, foi aprovada em assembleia geral extraordinária realizada em dezembro de 2024, mas só foi oficialmente protocolada no dia 13 de maio de 2025, sem divulgação prévia. A informação foi publicada inicialmente pelo Portal ClickPB.

Com a nova redação do estatuto, a presidência da FPF, composta por um presidente e três vice-presidentes, passa a ter mandatos de quatro anos com possibilidade de reeleição sem limites. O artigo 58 do documento estabelece que as “reeleições são ilimitadas, sem qualquer restrição quanto ao número de vezes que o mesmo ocupante do cargo possa ser reeleito e reconduzido para mandatos subsequentes” — permitindo, na prática, que uma mesma chapa se perpetue no poder.

Antes da alteração, o regulamento permitia apenas uma reeleição após o primeiro mandato.

Além disso, o estatuto determina que uma chapa precisa do apoio mínimo de 16 entidades para concorrer ao comando da federação — sendo necessário o aval de oito clubes profissionais e oito clubes amadores ou ligas. O documento também confere ao presidente amplos poderes administrativos, incluindo a prerrogativa de nomear e exonerar diretores livremente.

Michelle Ramalho e a eleição na CBF

A eleição para a nova diretoria da CBF está marcada para o próximo domingo (25), na sede da entidade, no Rio de Janeiro. A chapa encabeçada por Samir Xaud, presidente da Federação de Futebol de Roraima, tem Michelle Ramalho como candidata à vice-presidência.

A candidatura conta com o apoio de 25 federações estaduais e dez clubes. Caso eleita, Michelle será a primeira mulher a ocupar a vice-presidência da CBF. Ela poderá continuar à frente da FPF por um período inicial de até 180 dias, mesmo exercendo o novo cargo na confederação.

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