Na próxima terça-feira (18) o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reunirá com todos os governadores brasileiros ,os chefes dos poderes legislativo e judiciário e representantes de prefeitos para discutir violência nas escolas brasileiras. O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi quem anunciou a reunião.
Na sexta passada, Dino foi a Curitiba participar de um evento ao lado do governador do Paraná, Ratinho Júnior, e abordou o “clima de tristeza e pânico nas famílias, nas escolas” após os episódios de violência das últimas semanas.
“Nós sabemos que as famílias têm razão, no sentido de estarem apreensivas, mas nós temos que proteger as nossas escolas. Escola é local de sonho, de esperança, de vivência, de alegria, de fraternidade, e daí a segurança pública vem voltando nesses últimos dias o olhar prioritário a isso, com a participação dos estados”, declarou.
Ele então apontou que o governo federal ampliou o monitoramento nas redes sociais, local de organização e agregação das práticas violentas, e que mais de 100 pessoas já foram presas ou apreendidas em razão de ameaças contra escolas. O ministro também citou o edital de 150 milhões de reais lançado para que governos estaduais e prefeituras pleiteiem acesso a recursos para comprar viaturas, armas não-letais para rondas e patrulhas escolares.
Após citar o convite de Lula para a reunião desta semana, Dino disse que o governo federal está “mostrando uma preocupação e, ao mesmo tempo, transitando em torno de dois princípios fundamentais: de um lado, lutar para proteger, e do outro unir a sociedade para que haja a máxima tranquilidade possível e as oportunidades educacionais sejam preservadas”. E reforçou o duro recado às plataformas de redes sociais, alvos de uma portaria editada por ele na semana passada:
“Nós já tivemos a pandemia, que teve como uma das suas principais sequelas exatamente a dificuldade do funcionamento da educação, e nós não vamos permitir que empresas estrangeiras, poderosas, lucrem em cima da vida das nossas crianças. É isso que está acontecendo. E é por isso que nós estamos aqui, para trabalhar junto com o governo do Paraná a fim de que isso cesse imediatamente e nós tenhamos o restabelecimento do clima de concórdia e de paz nas nossas escolas”.
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