Efraim Filho se envolve na eleição do Consórcio de Saúde do Cariri e sofre derrota vexatória
Na imagem, o senador Efraim Filho

A eleição do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Cariri Ocidental – CISCO foi uma verdadeira quebra de braço entre o Senador Efraim Filho (União Brasil) e o Governo do Estado, já em ensaios para as eleições de 2026. Ao todo, 21 municípios compõe o Consórcio.

O Senador Efraim Filho passou os últimos meses envolvido em uma articulação para emplacar um candidato de oposição na disputa, que tinha como prazo para inscrição de chapa até o dia 16 de dezembro. A eleição ocorreu nesta sexta-feira (3).

Do outro lado, a ex-prefeita de Monteiro, Anna Lorena, e o prefeito de São José dos Cordeiros, Felicio Queiroz, se uniram e formaram uma chapa única para os dois biênios da diretoria do Consórcio, contra as investidas do Senador Efraim, que prometia até emendas na tentativa de emplacar um candidato de oposição.

Na reta final do prazo de inscrições de chapa, o governador João Azevêdo fez contato pessoalmente com alguns prefeitos e conseguiu formar o maior bloco, com 15 prefeitos. Com a entrada em campo do governador, uma ampla frente foi construída em torno das candidaturas do prefeito de Prata, Genivaldo Tembório, no primeiro biênio, e o prefeito Felicio Queiroz, no segundo biênio, que resultou em chapa única.

Com apenas seis prefeitos que já fazem oposição ao governo do Estado, a prefeita do Congo, Flávia Quirino, se inscreveu, sem preencher todos os nomes que compõem a chapa e acabou tendo sua chapa indeferida por não preencher os requisitos do Regimento.

A eleição deixou sequelas para o Senador Efraim, tendo em vista que suas investidas pressionando prefeitos os constrangeu, e se opôs até mesmo ao prefeito de Prata, que o apoiou na disputa para o Senado em 2022, já que Efraim buscava viabilizar um candidato de oposição ao Governo do Estado.

O resultado da articulação ligou o alerta de Efraim Filho, que estava confiante em uma vitória, e com isso, recebeu um recado dos prefeitos do Cariri: o compromisso para Senador é uma coisa, para governo do Estado, já é outra, e uma coisa não se mistura com a outra.