O apresentador Fabiano Gomes abriu o programa Ô Paraíba Boa, com uma bomba política nesta quinta-feira (6): o senador Efraim Filho (União Brasil) e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) se reuniram secretamente no Senado Federal, em Brasília, na tarde da última quarta-feira (6). A informação, mantida longe das agendas oficiais e dos olhos do público, pegou aliados de surpresa e movimentou intensamente os bastidores da sucessão estadual de 2026.
O encontro causa estranhamento porque Efraim é pré-candidato ao governo da Paraíba pela oposição, enquanto Aguinaldo é tio do vice-governador Lucas Ribeiro, também pré-candidato ao governo e considerado adversário direto de Efraim na disputa que se desenha para o próximo ano. A reunião, portanto, envolve duas peças centrais do tabuleiro político paraibano.
Fabiano relatou que a conversa ocorreu dentro do próprio gabinete de Efraim, acessado pelo elevador exclusivo dos senadores. Segundo ele, nem mesmo a secretária sabia que Aguinaldo estava lá. O encontro só veio à tona porque o prefeito de Alcantil, Cícero José Fernandes, entrou na sala e se deparou com Aguinaldo, ficando visivelmente surpreso.
Durante o programa, Fabiano afirmou que a conversa não foi sobre assuntos administrativos, mas sim política pura: tratou de acordos, cenários e possíveis arranjos eleitorais envolvendo União Brasil e Progressistas. Segundo ele, houve articulação para que Efraim retire sua pré-candidatura ao governo em nome da unidade partidária e de um fortalecimento em torno de Lucas Ribeiro.
Fabiano disse que sua fonte assegurou que a pressão teria partido do presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, que defende um bloco unido na Paraíba. Ainda de acordo com a revelação, Efraim teria sinalizado resistência, defendendo a manutenção da pré-candidatura pelo menos até um eventual segundo turno, mas Rueda teria insistido em uma união imediata.
A revelação adiciona um componente explosivo ao cenário político paraibano. A aproximação entre dois grupos historicamente distantes reacende especulações sobre recuos estratégicos, acordos subterrâneos e recomposição de forças para 2026. Até o momento, nem Efraim Filho nem Aguinaldo Ribeiro se pronunciaram sobre a reunião.
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