
*Por Ângelo Medeiros
A Quaresma é um tempo especial para os cristãos. São quarenta dias de preparação para a Páscoa, um período de oração, penitência e, claro, jejum. Mas será que o jejum precisa se limitar apenas à alimentação? Será que Deus se agrada mais de um sacrifício externo ou de uma verdadeira transformação interior?
Muitas vezes, quando pensamos em jejum, logo nos vem à mente a ideia de deixar de comer algo específico. É uma prática valiosa, pois nos ensina a ter disciplina e a dar valor ao que temos. No entanto, existe um jejum ainda mais profundo e transformador: o jejum dos sentimentos e atitudes negativas.
Que tal jejuar da inveja? Da ingratidão? Do pessimismo? E se, em vez de reclamar, escolhermos agradecer? Se, ao invés de alimentar maus pensamentos, cultivarmos a bondade? Se trocarmos a indiferença pelo amor ao próximo? O verdadeiro jejum não deve ser apenas uma privação, mas uma oportunidade de crescimento espiritual e humano.
Além disso, a Quaresma também nos convida à caridade. De que adianta deixar de comer certos alimentos se não nos dispomos a alimentar quem realmente precisa? Se não conseguimos estender a mão ao próximo? O jejum que agrada a Deus é aquele que nos torna mais generosos, mais solidários e mais humanos.
Este tempo sagrado nos chama à conversão. É uma oportunidade de jejuar tudo aquilo que nos afasta de Deus e cultivar tudo o que nos aproxima d’Ele. Mais do que evitar alimentos, devemos evitar atitudes que nos tornam menos amorosos. Mais do que abrir mão de algo, devemos oferecer mais ao mundo.
E você, já escolheu seu jejum para esta Quaresma? Que seja um jejum que transforme, renove e traga luz ao seu caminho e ao caminho daqueles ao seu redor.
Que esta Quaresma seja um tempo de reflexão, amor e prática do bem!
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