Por Ângelo Medeiros

O prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, surpreendeu o meio político no início de semana ao anunciar ao anunciar a saída do União Brasil (UB), legenda que militou na Paraíba desde os tempos do antigo PFL. O destino do gestor foi o Avante. Isso, graças a uma articulação que envolveu diretamente o deputado federal Mersinho Lucena (PP), ex-vice-prefeito da Cidade Portuária.

Além de se filiar ao Avante, o ingresso de Vitor Hugo representou a ascensão do político cabedelense à condição de presidente estadual da legenda na Paraíba. Ou seja, o prefeito, que não poderá mais concorrer à reeleição, deixa de ser coadjuvante para figurar como liderança maior em um partido em nível estadual.

Para as lideranças do União Brasil, a saída do prefeito teve um motivo, garantir robustez à base política do aliado e colega prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), pré-candidato à reeleição em 2024. A definição veio do senador Efraim Filho, presidente estadual do UB.

No entanto, após assumir o Avante, Vitor Hugo, demonstrou que quer fazer história no novo partido. E, já chegou avisando que o nome apoiado por ele em Cabedelo terá que estar filiado à legenda.

Dos três possíveis pré-candidatos anunciados há meses pelo gestor, dois despontam com maior força. São eles, o deputado federal Mersinho Lucena – que se não for o candidato, deverá indicar o nome para a vice na chapa majoritária – e o presidente da Câmara de Cabedelo, André Coutinho (União Brasil). Aliás, apenas o último tem uma janela partidária aberta antes das eleições para migrar de partido sem o prejuízo de perder o mandato.

Com essa conjuntura, quem perde força para concorrer ao cargo de prefeito com o apoio do atual gestor é o deputado estadual George Morais (União Brasil). Aliás, o parlamentar não tem aparecido com tanta frequência ao lado de Vitor Hugo.

Aliás, nem os mais experientes analistas políticos especulam a possibilidade de George Morais deixar o União Brasil, legenda que é comandada pelo irmão, Efraim Filho e que por anos esteve sob  o domínio de seu pai, o ex-senador Efraim Morais (presidente de honra), para migrar para o Avante de Vitor Hugo.

Diante da conjuntura, resta a George Morais abortar o sonho de governar Cabedelo, pelo menos por enquanto, e continuar executando o bom mandato que vem fazendo na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

Ou então, concorrer ao mandato de prefeito na cidade portuária sem o apoio de Vitor Hugo.