A tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa foi palco de um protesto inusitado nesta quarta-feira (22). A vereadora Eliza Virgínia (PP) utilizou seu tempo de fala para criticar os processos judiciais que a têm como alvo. Durante o pronunciamento, a parlamentar colocou uma fita na boca para simbolizar a censura que, segundo ela, sofre.
Eliza iniciou pedindo um minuto de silêncio e, em seguida, afirmou ser vítima de um “patrulhamento sistemático da esquerda”. Revoltada, disse que tudo o que fala poderia ser usado contra ela e classificou a situação como perseguição política.
O protesto ocorre após decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), divulgada nesta quarta-feira, que determinou a remoção imediata de vídeos publicados pela vereadora. Nos conteúdos, ela associava a Parada do Orgulho LGBTQIA+ à “obscenidade” e à “erotização de crianças”. A Justiça considerou que os vídeos configuram discurso de ódio contra a comunidade LGBTQIA+.
“Essa é a atual situação do meu mandato. Não tenho mais direito a algumas falas. Nós, como parlamentares, não estamos tendo direito à nossa imunidade parlamentar nem à liberdade de expressão. Tudo que é dito aqui pode ser usado contra nós nos tribunais”, declarou Eliza, acusando que a Justiça estaria sendo usada contra ela.
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