
Em meio às crescentes especulações sobre a sucessão estadual na Paraíba, o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSD) afirmou, nesta terça-feira (10), que não impõe qualquer veto a uma reaproximação política com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), nem à possibilidade de sua pré-candidatura ao Governo do Estado pela oposição em 2026.
A declaração foi dada durante entrevista ao repórter Fernando Braz, da Rádio Arapuan FM, e ganha relevância após informações de bastidores, divulgadas pelo jornalista Bruno Pereira, também do Sistema Arapuan, indicarem que Cícero estaria fora da chapa majoritária governista. Segundo a apuração, a composição em debate incluiria o governador João Azevêdo (PSB) como candidato ao Senado, com Lucas Ribeiro (PP) disputando a reeleição ao governo, Adriano Galdino (Republicanos) como vice e Nabor Wanderley (Republicanos) na segunda vaga para o Senado.
Diante desse possível afastamento de Cícero da base governista, as declarações de Cássio foram interpretadas como um aceno político à oposição, abrindo espaço para que o prefeito venha a integrar a chapa adversária.
“Não tenho veto a ninguém. Essa é uma discussão coletiva, não individual. Depende de Cícero, Pedro, Ruy, Veneziano, Efraim… de todo o grupo. Eu não participo diretamente do processo político, mas acompanho com atenção”, afirmou o ex-senador.
Cássio também relembrou a trajetória política que compartilhou com Cícero Lucena, destacando momentos de parceria, como a gestão de Ronaldo Cunha Lima, quando Cícero ocupou o cargo de vice-governador, e as eleições de 2002, em que ambos saíram vitoriosos — Cássio para o Governo do Estado e Cícero para o Senado.
“Houve um desalinhamento político, não pessoal. Continuo tendo por ele respeito, carinho e admiração. São coisas normais da política”, concluiu Cássio.
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