Bispo da Diocese de Patos, Dom Eraldo, já fez críticas públicas contra às Missas da Cura, Libertação e da Luz, ministradas pelos Padres Fabrício Timóteo e Nilson Nunes: “Pataguadas e espetáculos de fé”
Dom Eraldo já criticou as missas da Cura e Libertação e da Luz, ministradas pelos Padres Fabrício Timóteo e Nilson Nunes - Foto: Arte / Poder Paraíba

A polêmica transferência de padres da Diocese de Patos, que culminou na transferência do Padre Fabrício Timóteo, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Taperoá, para o cargo de vigário paroquial – espécie de auxiliar do Pároco – em Santana dos Garrotes, continua rendendo discussões. Para comprovar a tese de que havia certas restrições dentro da Diocese de Patos, internautas e seguidores resgataram um vídeo de 2023, em que o Bispo Dom Eraldo Bispo faz críticas veladas à “Missa de Cura e Libertação”, ministrada por Padre Fabrício, que costuma reunir multidões no interior do Estado.

Durante uma missa celebrada em 2023, na Paróquia Nossa Senhora da Guia, no município de Patos, Dom Eraldo Bispo, fez críticas contundentes a práticas religiosas que vêm gerando controvérsia na Igreja Católica, especialmente as chamadas “missas da cura e Libertação e da Luz”, lideradas pelos Padres Fabrício Timóteo e Nilson Nunes, este último Pároco do Santuário Mãe Rainha, no Bessa em João Pessoa.

No vídeo, Dom Eraldo classificou essas celebrações como “pataguadas e espetáculos de fé”, provocando uma onda de reações entre os fiéis e a comunidade religiosa.

A crítica ressurge em meio à polêmica transferência, para não dizer rebaixamento, do Padre Fabrício Timóteo, que gerou grande repercussão entre fiéis e a imprensa e levou a Diocese de Patos a se manifestar oficialmente sobre a situação.

Em vídeo reproduzido de seu sermão, Dom Eraldo destacou que a missa deve ser um momento de encontro com Jesus Cristo, e não com personalidades religiosas. “Os seguidores devem ser seguidores de nosso Senhor Jesus Cristo, não do bispo, não do padre, não do papa. Não do padre que faz cura”, enfatizou o bispo, reafirmando sua visão sobre a essência da fé cristã.

Dom Eraldo também abordou a preocupação com a utilização da fé como uma forma de espetáculo, chamando a atenção para a necessidade de autenticidade na vivência cristã. Ele afirmou: “A fé não é um espetáculo e um palanque. Nada de amostramentos humanos”, criticando a superficialidade que, segundo ele, permeia algumas práticas religiosas atuais.

As declarações do bispo geraram discussões acaloradas no sertão paraibano, refletindo as tensões existentes dentro da Igreja sobre a forma como a fé é vivenciada e divulgada. Enquanto alguns apoiam a abordagem mais tradicional de Dom Eraldo, outros defendem a necessidade de inovações e formas alternativas de conexão espiritual, como as promovidas pelos padres citados.

O debate sobre a autenticidade da prática religiosa e o papel das lideranças religiosas na vida dos fiéis continua a ser uma questão central na Diocese de Patos, colocando em evidência as diferentes correntes de pensamento dentro do catolicismo contemporâneo.

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Veja o vídeo: